sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sem paz de espírito é que não dá!

Tenho passado as últimas semanas entre a tristeza e a irritação, entre a inércia e o nervosismo, entre a desistência e o receio.
Assim é que não dá!
Toca a arrebitar, que os orientadores acreditam em mim e acham que falta pouco para ter o projecto acabado. Não faz sentido ser a única a pensar que não consigo lá chegar, quando toda a gente acredita!

Antes de tentar continuar e acabar, porém, é preciso baixar os braços e deixar passar esta semana desassossegada do Natal. Venha a paz e depois trabalha-se.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Um ano depois... incrivelmente na mesma!

Andava eu a sentir-me pessimamente, burra, incapaz, a pensar que nunca iria conseguir dar a volta ao texto que consegui espremer para fora de mim, mas que se embrulhou e não me tem sido possível desembrulhar, quando me lembrei de vir ao blogue procurar textos escritos exactamente há um ano, quando andava a tentar escrever o meu primeiro artigo para o curso de doutoramento.

E não é que a coincidência de sentimentos é total? Muita hesitação, muita insegurança, muito medo de falhar. Fiquei mais tranquila só de saber que isto já me aconteceu antes e sobrevivi! E talvez pela primeira vez senti que a utilidade deste blogue é ajudar-me a superar as dificuldades que vou sentindo.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Na mó de baixo

Alterei o índice e enviei-o para ambos os professores. Um deles nem se deu ao trabalho de reagir, só me pediu que o lembrasse da data do próximo encontro. A professora disse que o veria nesse fim-de-semana, mas depois lamentou não ter tido possibilidade e prometeu dar notícias em breve.

Agora, uma semana depois, informa-me que não tem tempo para ler as primeiras páginas do projecto (que entretanto também lhe enviei) antes de dia 16 e pede que seja adiado o encontro (não se estava mesmo a ver?).

Estou doente e não me apetece ler nem escrever, só deitar-me e ficar muito quietinha, para ver se a tosse acalma, na esperança de que o tempo fique suspenso. Pare de contar.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Na mó de cima

Feliz e confiante, trabalho agora para dois orientadores exigentes, que estão à espera de duas coisas: uma versão-síntese dos dois índices que lhes mostrei, feita com base nas sugestões que fizeram na reunião, e as primeiras páginas do texto do trabalho final, que é o projecto da tese.
No dia 16 há novo encontro, por isso o envio do material deve ser anterior. O que me falta em tempo tenho, agora, em entusiasmo e optimismo. Engraçado, considerando que há tão poucos dias estava na mó de baixo!
Lá dizia o outro: a vida é como um interruptor...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Reviravolta II ou Reviravolta definitiva

Encontro consumado. Ambos gostaram das questões que eu levava, das ideias que tinha comigo, dos 2 índices que lhes mostrei, do título que inventei.
Estou tão feliz!

«Então, aceita a nossa proposta?» - perguntou-me a professora que eu tanto desejara que fosse minha orientadora, que me disse «lamento muito, mas não posso»,  e que agora se propunha orientar-me definitivamente.
«Mas o que a fez mudar de ideias?!» - quis eu saber (ai, desbocada curiosidade, como te atreveste?!). Ela sorriu e confessou que tinha ficado com problemas de consciência por ter recusado orientar-me, quando eu lhe implorei isso mesmo, há uns meses. Não me iriam deixar ir embora. São palavras que não vou, de certeza, esquecer. Porque me darão alento e confiança, quando voltar a ter dúvidas sobre a minha capacidade para enfrentar este desafio.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A tese do outro

Para cúmulo, na prateleira de uma livraria, às dez da noite, descubro um livro que é o resultado de uma tese de mestrado sobre o MEU tema, exactamente como EU deveria fazer.
Só me faltava isto para perder totalmente o ânimo!


Mas eis que começo a ler a nota prévia... a introdução.... a conclusão... e aquilo me parece mal escrito, estranho, incoerente, fraco. Menos mal. Em todo o caso, continua a ser o MEU tema. Compro, claro.
Em casa, descubro-lhe outras falhas, como citar um autor através de outro sem dar por isso, aflorar apenas em duas páginas um assunto que tem muito mais que se lhe diga, falta de títulos na bibliografia, enfim, respiro de alívio. Fico mais descansada. Ainda posso acrescentar alguma coisa a isto. E de que maneira!

Não posso continuar assim, sempre a pensar que está tudo feito, que os outros já disseram tudo, que o que está na minha cabeça não presta, que não sou capaz. Dou um abanão a mim própria.
E atiro-me ao trabalho urgente: preparar-me para a reunião de amanhã, com os dois professores que se ofereceram para me orientar, por sugestão da coordenadora do curso.
Pego nos meus índices e escolho os que valem mais a pena. Selecciono os melhores títulos. Formulo questões (não podes começar sem ter uma questão, diz-me quem sabe), tomo nota de ideias importantes. Tenho de lhes mostrar que sei o que quero e que aquilo que quero fazer até tem coerência.

sábado, 20 de novembro de 2010

O que tenho

Dificuldade em fazer uma leitura crítica, em encontrar nos textos que leio janelas e portas para uma argumentação nova, um ponto de vista diferente.
Não se pode escrever apenas a favor, é preciso escrever também contra.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Não posso desaparecer?
Por uns meses.
Dava jeito.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

What is left to be said?

Estou a ler a tese que gostaria de ter escrito. Será tarde de mais para mim, ou terei eu ainda alguma coisa nova a dizer, depois disto?!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Adrift

Sinto-me perdida e incapaz. Não consigo avançar.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

E-mail

Recebo um e-mail da tutora/coordenadora que me faz cair na realidade (porque não me disse ela estas coisas quando lá fui?).
Preciso de apresentar um problema pertinente e um projecto bem estruturado - imperativo que implica, obviamente, que o meu índice não evidencia nem uma coisa nem outra.
Não estou num trilho seguro, estou num pântano lodoso. Preciso de ajuda, diz ela, para encontrar um caminho «credível em termos científicos».

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Reviravolta

Estou confusa, mas contente.
A coordenadora quis marcar novo encontro e pensei que era para me dar sugestões de forma a melhorar o índice. Mas ontem, quando lá fui, descobri que era para me fazer uma proposta aliciante: integrar-me no centro de investigação associado ao departamento e... aceitar a co-orientação da minha professora do seminário de especialidade, juntamente com outro professor do departamento (que conheço bem, fui sua aluna na licenciatura, e de quem gosto bastante), porque eles me ajudarão a definir uma ideia global mais forte para a minha tese.
Mal pude acreditar... trata-se de uma segunda oportunidade, que para mim era inimaginável!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Já está. Doeu?

Não, não doeu nadinha.
Falei com a professora, mostrei-lhe o índice, pedi-lhe a douta opinião. Queria que me dissesse, com toda a sinceridade, se achava que aquele plano era exequível. Sugeri, o mais cordialmente possível, que precisava da orientação dela porque não tenho mais nenhuma.
Silêncio, enquanto ela leu o índice e eu esperei. Depois propôs tirar-lhe apenas um capítulo, cujo assunto lhe pareceu despropositado no conjunto, os outros capítulos eram suficientes e aquele estava a mais. Depois conversámos sobre outras questões mais técnicas, como o prazo de entrega do projecto, a norma ortográfica que deve ser usada, a possibilidade de ver outros trabalhos (não está previsto que sejam consultados, mas também não está previsto que não sejam...), a data de defesa do trabalho dos meus colegas, etc. Foi um diálogo agradável, não me posso queixar! E posso aprender. O resultado positivo do encontro deveu-se em boa parte, acredito, ao meu esforço de contenção. Porque, quando ia a caminho para lá, decidi: não vou queixar-me nem fazer acusações. E consegui aguentar-me, coisa que é mim é rara, infelizmente. Mas pelos vistos compensa.

Nervoseira

Ontem à noite, um impulso que eu gostaria de ter domado fez-me enviar o índice em que estive a trabalhar ao meu futuro orientador.
Hoje vou mostrá-lo à minha tutora.
Nos dois casos, receio a resposta deles. Receio que me digam que não é viável, que não posso ir por aquele caminho. Tenho de me preparar para isso, para que, se essa for de facto a resposta, não sofra um choque inesperado. Lido mal com contrariedades, acho que fui mimada e sempre tive sorte na vida. Mas elas existem e são elas que nos ensinam a melhorar.
Que venham, então!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Livros

Rodear-me de livros dá-me um certo conforto. É como ter instrumentos de orientação quando se navega no mar. Posso perder-me na mesma, claro, se não souber usá-los... mas pelo menos estão ali.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Força!

Bom, as coisas não têm estado a funcionar a 100%, parece que o meu cérebro ainda não fez "clique" para mais esta etapa do primeiro ano - a última antes de obter um diploma (wish me luck!) de estudos avançados.
No entanto, a coisa vai andando, apesar de ronceira, apesar de estar ainda a conduzir em primeira...
e marquei um encontro com a minha ilustre tutora. Já que o é, vou puxar por ela. E assim, uma vez que lhe pedi uma reunião para falarmos sobre o Trabalho Final, fico obrigada a fazer alguma coisa que se veja até ao fim da próxima semana. Nem que seja clarificar ideias...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Para quando o arranque?

Há uma ideia. Há um índice breve, mas consistente. Há um prazo para cumprir, que se aproxima a passos largos, seguros, implacáveis.

Mas não há energia suficiente, não há o empenho, a motivação necessária. Almoço com a minha colega-amiga, que me dá alento, mas vou para casa e distraio-me, disperso-me, gasto o tempo noutras coisas. Depois, são horas de ir buscar crianças e tratar delas, do jantar, da casa. E adio o trabalho intelectual, não por falta de tempo, mas por falta de disponibilidade mental. Assim não pode ser!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Índice da treta

Não chorei, trabalhei.
Fiz um índice, com uma síntese do que deverá ser o conteúdo de cada capítulo.
Mas é um índice de tese de mestrado, não é um índice digno de doutoramento. Portanto, de certo modo, é como se não tivesse índice nenhum.
Há que ter a noção das coisas.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Índice provisório

Sem um índice, mesmo provisório, claro, não vou longe. Por isso, estou a tentar definir um caminho para a minha tese, antes de avançar com o texto do projecto.
Mas não consigo.
E tenho vontade de chorar.

domingo, 26 de setembro de 2010

Perigo!

Agora já não me está a saber bem o descanso, porque não é suposto estar parada há tanto tempo. O problema é que no emprego exigem-me prazos mais curtos e as prioridades são muitas. O projecto, como só é para entregar em Janeiro, fica sempre para trás. De vez em quando, lá mexo na bibliografia, para poder dizer que fiz alguma coisa, mas isso nem sequer conta. Porque o que é preciso é definir a ideia, torná-la visível e palpável em letras que preencham o vazio da página expectante.
Vamos a ver se isto evolui ou se é caso para desistir...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Fim das férias

Foi óptimo este descanso. Não diria revigorante, porque ainda não me sinto com forças para voltar a atacar o trabalho para o doutoramento. Mas as férias souberam-me que nem musse de chocolate e fiz bem em não ter, sequer, tentado fazer nada para a tese durante o mês de Agosto.
No início de Setembro sim, devia ter recomeçado. Não o fiz por falta de entusiasmo e sobretudo por me ter sentido perdida e incapaz, depois do e-mail do meu futuro orientador, que leu nas férias o meu trabalho de especialidade: que estava muito bom, mas não via como poderia resultar numa tese de doutoramento.
Deixou-me linhas de orientação suficientemente claras, para que eu possa agora pegar nelas, encher-me de coragem e lançar-me no projecto, cuja aprovação é o meu próximo objectivo. Mas faltou-me o ânimo, até hoje.
O ideal seria ter um tutor a sério (e não apenas em teoria, como é o que tenho), que me incentivasse e orientasse nesta fase. Se as normas bolonhesas da faculdade estabelecem que a sua função é essa, então porque não a cumpre?

sábado, 31 de julho de 2010

Balde de água fria

Resolvi arriscar.
A professora do seminário de especialidade era especial, espectacular. A melhor orientadora que eu poderia desejar! E o meu orientador, de quem eu esperara uma atitude muito mais interessada e envolvida, não tem tempo para mim. Além de que, bem vistas as coisas, ainda nem sequer é o meu orientador oficial: a escolha só será feita depois de eu defender publicamente o projecto da tese. Ora... pareceu-me que ainda estava a tempo de remediar um provável erro estratégico. E eis que, para me fazer inclinar definitivamente para esse lado, assisto a uma defesa de doutoramento em que ele, como orientador do candidato, deixa bastante a desejar.
Depois de muita hesitação, ponderei os prós e os contras e tive a certeza: vale a pena tentar. Escrevi à professora a pedir-lhe um encontro pessoal e, como ela não respondeu com a rapidez habitual, acabei por lhe escrever novamente, a pedir que me orientasse e explicando as minhas razões de forma sentida e sincera. Respondeu que não, não podia. Está já com muitas orientações e nunca tomaria o lugar de outro professor que já aceitou essa função.
Acabou-se a esperança, agora é assumir a decisão que, afinal, já tinha tomado mesmo antes de me matricular, e andar para a frente.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Para que serve um tutor?

Para tudo e para nada, é o que parece.
De acordo com as normas regulamentares dos cursos de doutoramento da faculdade, que me foram enviadas há pouco tempo pela coordenadora do curso, o tutor é o professor que me vai ajudar a fazer o projecto da minha tese. Ora vejam:




São responsabilidades do tutor:
1. Apoiar e orientar o aluno na sua integração no Curso de Doutoramento, no respeito pela sua autonomia de escolha, designadamente aconselhando-o no que respeita às escolhas de seminários de opção.
2. Definir com os alunos sob sua tutoria o regime de acompanhamento periódico, individual e/ou de grupo, presencial e eventualmente mediado por tecnologias de informação e comunicação, que melhor convenha à orientação do trabalho dos alunos, recomendando-se que preveja uma periodicidade de interacção pelo menos quinzenal.
3. Apoiar a aprendizagem e o trabalho autónomo do aluno, nomeadamente sugerindo leituras e actividades de enriquecimento, discutindo o desenvolvimento dos seus trabalhos de seminário e do seu projecto de investigação.
4. Colaborar com os docentes responsáveis dos seminários do Curso de Doutoramento, a pedido destes, na orientação do trabalho escolar do aluno.
5. Orientar cientificamente o aluno na elaboração do trabalho final de curso e na preparação da sua discussão em prova pública.
6. Orientar o aluno na organização dos elementos para o seu arquivo individual de percurso e exigir a sua apresentação actualizada no final de cada semestre do Curso.

7. Apresentar no final de cada semestre ao Coordenador do Ciclo de Estudos de Doutoramento um relatório sobre o acompanhamento tutorial feito e o progresso do trabalho de cada aluno sob sua tutoria, a incluir no arquivo individual do percurso do estudante.
8. Validar os elementos entregues pelo estudante para as actualizações semestrais do seu arquivo individual de percurso e enviá-las ao Núcleo de Doutoramentos da Divisão Académica.
9. Participar no júri de avaliação do Trabalho Final do Curso, quando para tal for solicitado pelo Coordenador do Ciclo de Estudos de Doutoramento.



Até agora (e a data de entrega do Trabalho Final é 17 de Setembro, não falta assim tanto), não vi nem orientação nem apoio nenhum, no que respeita ao Trabalho Final, da parte da coordenadora do curso, que se auto-nomeou minha tutora, se não estou em erro. A única coisa que fez, ironicamente, foi enviar-me as normas e aconselhar-me a lê-las!
O meu futuro orientador, sem grande surpresa para mim, declara-se sobejamente ocupado e pede desculpa por lhe ser "humanamente impossível" ajudar-me neste momento.
Estou, portanto, por minha conta. O resto são apenas palavras escritas num documento que, pelos vistos, muito pouca gente lê e ao qual ainda menos gente dá a devida importância.

domingo, 25 de julho de 2010

Segunda nota

Ligo hoje o Gmail e vejo que recebi uma mensagem ontem, às 23h.59m., da minha Professora, a informar-me que resolveu dar-me 18 valores pelo trabalho.
Já sabia que ela era muito exigente e que não era fácil ter boas notas nas suas disciplinas, por isso estou muito contente - apesar de (algo envergonhadamente o confesso) ter tido a secreta esperança de chegar ao 19.
Agora falta vencer o maior desafio da parte curricular do curso: o Trabalho Final.
Mas por enquanto, estou sem cabeça para ele. E, como sou trabalhadora estudante, gozo de mais um semestre para o fazer, por isso vou aproveitar para ler sem pressas tudo o que ainda devo ler antes de começar a escrevê-lo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Defesa

Hoje assisti à defesa de uma tese de doutoramento. O que mais me impressionou foi o número de elementos do júri (8), além das suas fatiotas abútreas. O candidato era novito, mas lá se safou, mesmo após as críticas implacáveis de dois arguentes advogados-do-diabo.
O que trago de boa recordação, porém, nada tem que ver com a defesa. É o facto de a minha professora deste último seminário, de quem tanto gostei e com quem tanto aprendi, me ter apresentado a uma colega dizendo isto: «esta é que é a minha menina, de quem te falei».
Valeu a pena! Mas, como se não bastasse, durante a arguição, em que o candidato era acusado de ter limitado os horizontes da sua investigação, ela ainda me mandou um bilhetinho entusiasmado, usando uma senhora que estava atrás de mim como intermediária, para me lembrar que ela própria já me tinha alertado para esse facto. Ao que eu respondi, agradecendo, que sim, que me lembrava de coisas que ela me tinha dito ao ouvir aquelas críticas. Que inesperada e agradável aquela cumplicidade que ali aconteceu entre nós! Fico cada vez mais arrependida de não a ter escolhido como orientadora...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Estou a chorar

Estou a chorar lágrima atrás de lágrima, porque a Professora do seminário de Especialidade acaba de me escrever um e-mail de despedida, dizendo-me que teve muito gosto em me ter como aluna.
Estou a chorar de comoção, por mais estúpido e despropositado que isto pareça. Ela tocou-me, mexeu comigo, intelectualmente. É de um entusiasmo contagiante e de um profissionalismo admirável, tenho pena de não a ter escolhido como orientadora.
Estou a chorar, também, porque não gosto de despedidas. Não aceito despedidas. Por isso, respondi-lhe dizendo que também tinha tido muito gosto e que esperava poder continuar a poder trocar imporessões com ela, para que este adeus não tivesse de ser definitivo.

sábado, 10 de julho de 2010

Etapa final do Seminário de Especialidade

Agora só me falta fazer a versão 3 em 1: um ensaio final que inclua os dois anteriores.
Não sei bem como isto é possível, mas tem de ser possível. Foi o que eu própria decidi fazer, agora tenho de conseguir. E vou conseguir.
Durante uns dias, com a criançada às turras em casa, não fui capaz de pensar nisso, sequer.
Mas ontem reuni a coragem necessária, arranjei um momento de sossego e comecei a sobreposição dos dois artigos. Já falta pouco para acabar esta etapa!

sábado, 3 de julho de 2010

Lenha para me queimar

Ontem de manhã reuni-me com a professora para falarmos sobre o(s) meu(s) trabalho(s).
Gostou dos dois, mas  - ao contrário do que eu esperava - não manifestou preferência por nenhum deles. Disse-me que podia entregar, como trabalho final, qualquer um deles, impresso e encadernado.
Ora, o pior que me podem fazer é dar escolha. Eu NUNCA sei o que hei-de escolher. Quanto mais numa situaçao destas, em que o resultado da minha selecção se vai reflectir na nota que vou ter no seminário.
Ó professora, por favor, diga-me lá de qual gostou mais....!
Ela não disse. Insistiu que gostou dos dois, porque o primeiro isto e o segundo aquilo.
Foi então que eu dei um tiro no pé: e se eu conseguisse, de alguma forma, juntar os dois?!
Força! - respondeu ela.

Tê-la-ei?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Aula única

Hoje, a professora do Seminário que fiz, que remédio, em regime de tutoria (por não se ter cumprido o mínimo necessário de 5 alunos) resolveu dar uma "aula", para que as suas duas alunas não se pudessem queixar de não terem tido pelo menos uma sessão teórica.
Fez-me lembrar aquela diversão que havia na Feira Popular, em que nos metíamos, em pé, dentro de uns espaços no interior de uma roda gigante (parecida com aquelas em que os hamsters costumam correr nas gaiolas), que se elevava no ar e girava a toda a velocidade, ameaçando levar toda a gente a deitar cá para fora o que tivesse ingerido nas últimas três horas. Um turbilhão que põe tudo a andar à roda - com a diferença de, neste caso, o "tudo" ser do domínio intelectual e não físico.
Mas tratou-se de um andar à roda produtivo, entenda-se. Apesar de ter tido dificuldade em apanhar tudo, em perceber todas as referências e todas as implicações das frases encadeadas sem pausas, numa sucessão vertiginosa, parece-me que saí de lá, mesmo assim, inspirada e com vontade de me atirar novamente aos trabalhos.
Bem haja, Professora!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

PONTO MORTO

Uma pausa necessária, que sabe bem, mas que ao mesmo tempo preocupa, chega a consumir.
Por um lado, acho que me posso dar ao luxo de não fazer nada, de não pensar nisso, durante três ou quatro dias. Relaxar, praticar desporto, ir à praia. Faz tanta falta!
Por outro lado, o bichinho vai roendo a minha consciência: e o trabalho final?
Nada está feito. A entrega, supostamente, é em Setembro. Mas penso que me poderei valer do estatuto de trabalhador-estudante para a fazer um semestre depois, ou seja, no final de Janeiro.
Há tempo. Mas parar é morrer!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Estado da 2.ª versão: ENTREGUE!

Mal ou bem, o segundo trabalho está feito e já o enviei para a Professora.
No minuto seguinte, como é de regra comigo, encontrei uma gralha escandalosa e enviei-lhe nova versão com pedido de desculpas. Ela aconselhou-me a rever tudo com calma, durante mais um dia. Mas eu não consegui. Já deito aquilo pelos olhos! Ela que veja o que está mal, que é paga para isso... (se não é, deveria ser e o problema não é meu!).

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Novo adiamento

Estava eu em ligeiro stress para terminar o trabalho, porque a professora iria precisar de o ver antes do encontro de sexta-feira, e não é que ela me envia um e-mail a pedir que o encontro seja adiado para dia 2 de Julho?!
Decididamente, sou uma sortuda. Quanto mais tempo para melhorar o que está feito... melhor!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Grande avanço

O trabalho número 2 já tem 22 páginas.
Entretanto, recebi resposta da professora a dizer-me que aceita a primeira versão, da qual gostou bastante, embora precise de alguns ajustes e de mais uma ou duas leituras.

 Começo a acreditar em mim!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Não faz sentido falar de luto. No entanto, sinto-me em luto pelo meu autor, que morreu hoje.

Olho para a página com o texto a meio e a escrita parece querer-se interrompida, suspensa, num silêncio que marque a gravidade do momento.

Numa imobilidade que cale o pensamento.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Pintando uma argumentação

Há algo de semelhante entre pintar uma aguarela e escrever um destes artigos, para mim.
Há um misto de ansiedade e entusiasmo, durante a tarefa, que se reflecte na forma como trabalho, ora absorta e profundamente empenhada, ora distante e quase desistente, interrompendo abruptamente o ritmo e refugiando-me noutras actividades menos exigentes, como fazer as camas e arrumar a casa.
A forma como encaro o objecto que vai sendo criado pelas minhas mãos também é parecida: olho para o que estou a fazer e parece-me bom e mau ao mesmo tempo: um traço certeiro gera um sentimento de esperança, parece que a coisa vai resultar; uma pincelada mais descuidada assusta-me, torna-me insegura, mas algo em mim tem confiança na possibilidade de o corrigir em breve. E assim vou trabalhando e sentindo um confuso turbilhão de emoções, de amor-ódio por esse objecto que brota de mim.
E quando parece que estou prestes a ser vencida pelo desespero, pela certeza de que o resultado vai ser falhado, de que a perfeição ficará longe do meu alcance, acontece uma espécie de pequeno milagre. Dou-lhe mais três ou quatro toques e o trabalho parece sorrir-me e dizer: "acabaste-me! Não estou bonito?" E eis que é verdade: bem ou mal, está acabado, chegou ao fim. Não é preciso sofrer mais, posso recostar-me na cadeira, ou levantar-me, e olhá-lo à distância tranquila do observador, já não do criador atormentado pelo acto de criar. E este final feliz é sempre uma surpresa, apanha-me sempre desprevenida. Porque nunca sei (algum pintor sabe?) que pincelada será a última.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

2.º objectivo

Agora quero seguir a sugestão da professora: vou fazer outro artigo, desta vez desenvolvendo em exclusivo a questão que no primeiro era apenas introdutória.
Mãos à obra!
Sinto-me bem, há que aproveitar ;)

domingo, 13 de junho de 2010

Nota máxima... para os amigos!

Um amigo que leu o meu trabalho acha que está bom, inclusive parece que o consegui convencer de uma ideia que à partida considerava impensável. É um bom auspício.
Outro amigo, que também leu e gostou, vaticina que terei entre 17 e 18.

Nada como ter estas amizades que nos dão força e confiança, quando duvidamos de nós. Sinto-me privilegiada e imensamente agradecida.
Vale sempre a pena arriscar e dar a ler o nosso trabalho aos amigos, mesmo que eles sejam leigos nas matérias (se não forem, tanto melhor, mas isso é que é mesmo sorte!). Porque os amigos têm, em princípio, a frontalidade necessária para nos fazer ver pequenas ou grandes imperfeições, repetições, faltas de coerência, etc. Podem ajudar-nos, e muito, a melhorar os trabalhos antes da entrega final. Bem hajam!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Pensando melhor...

Apesar de conhecer a lição, não aprendo.
Então não é que envio primeiro o trabalho à professora e depois é que me dou ao trabalho de o ler, para ver se tem gralhas?
Inevitável: descubro umas quantas e envio novo e-mail à profe, pedindo-lhe que substitua a versão anterior por esta, corrigida. DAAH!

Ela agradeceu e prometeu dar-me uma resposta esta semana.

Estado da 1.ª versão: ENTREGUE!

Bem ou mal, está entregue.
Não aguentei esperar e enviei-o à professora, para dizer de sua justiça. Sou assim, impulsiva e impaciente - características que não se coadunam lá muito com a investigação científica. Mas também... eu nunca acreditei que o estudo da literatura poderia ser científico ;)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Às voltas

O monitor é implacável.
A vista cansa-se.
O tempo é implacável.
O que não está a fugir-me por entre os dedos, enquanto estou a teclar, está suspenso, trocista, enquanto estou à espera de poder vir para aqui teclar.

O trabalho parece estar pronto, quando eu desejo que esteja. Mas quando olho para ele com olhos de ver, mostra-me rabinhos de fora, ideias por arrumar, desenvolver, modificar. Nunca estará pronto!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ufa!

Parece-me que posso dar por terminada a primeira versão do trabalho.
Agora é deixá-la em pousio, esperar pela reacção de um primeiro leitor isento que fez o favor de aceitar a tarefa, e atacar o outro.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Ui...

Com muito cuidado, como se no interior da minha cabeça houvesse um castelo de cartas ou uma pirâmide feita com copos de cristal e o desespero fosse uma corrente de ar ou uma mão descuidada, procuro concentrar-me no texto que teimosamente tento escrever, continuando o trabalho que comecei antes de falar com a professora.
Só depois de o dar por concluído é que vou lançar-me ao segundo desafio: começar um novo artigo, seguindo a sua sugestão.

Calma.
 

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Loucura

Passou-me uma ideia estapafúrdia pela cabeça. Pior: não passou, instalou-se.
 E agora não sai.
Em vez de fazer apenas o trabalho que a professora sugeriu que fizesse, e que me obriga a desperdiçar 10 páginas já escritas e que ela não chegou a ler; porque não fazer dois trabalhos: um como ela quer e o outro como eu tinha pensado?
Porque dá muito trabalho e leva mais tempo?
Mas desde quando é que eu opto pela solução mais fácil?!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Inacção

Medo de enfrentar o bicho.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Mal-estar físico

É a primeira de muitas vezes, suponho.
De repente, senti-me completamente esmagada pela quantidade e diversidade de informação que preciso de reter, lembrar, relacionar, manipular. Quis encontrar uma frase que alguém escreveu algures e não fui capaz. Olhei para a multiplicidade concreta das fichas de leitura espalhadas por uma ordem insatisfatória na mesa e fiquei sem conseguir reagir. Como encontrar o que queria?
Ao mesmo tempo, o trabalho mal feito e a precisar de reescrita urgente olha-me do monitor, a reiterar a minha incapacidade para sair desta situação de impasse.
Tentei reordenar as fichas por outro critério, mas era ainda mais ineficaz do que o primeiro. De repente, senti um aperto no peito, a cabeça a andar à roda, um desespero imenso. A frase "não consigo" foi tudo o que me ocorreu verbalizar, repetidamente. Depois veio a consciência, mais nítida, mas não menos perturbadora: «estou a sentir-me fisicamente mal por causa disto».
E não vai ser a única vez...

Que novidade?

É inevitável este sentimento: perante a evidência de que já todos disseram tudo sobre o assunto, o que me resta a mim para introduzir nele, de forma a ser original e justificar assim o meu trabalho?

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Horizontes mais abertos

Encontro com a professora na sexta-feira passada. Estava cansada e vim quase desmoralizada, por mais que soubesse que os seus conselhos eram bons e úteis. Precisei do fim-de-semana para me recompor. Agora, à luz desta nova segunda-feira, parece-me que aquela conversa foi fundamental: estou a fazer novas leituras, mais actuais, que me alargam os horizontes e me permitirão reformular, muito melhor, o que já fiz.

Custou-me admitir que o caminho era este. Mas agora vejo que só podia ser este!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Outros doutorandos

Hoje fui assistir ao encontro anual de doutorandos promovido por um centro de investigação ao qual o meu orientador está associado.
Gostei do ambiente. Só assisti a duas apresentações de projectos, o primeiro bastante bem organizado e explicado, o segundo surpreendentemente arredado dos objectivos, na minha opinião: porque em vez de apresentar o seu projecto, a doutoranda se limitou a ler em voz alta um artigo que escreveu para um seminário curricular.

Em todo o caso, foi uma boa experiência, porque é uma aproximação daquilo que me espera quando tiver de defender o meu projecto publicamente, frente a um júri.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Entusiasmo

É por isto, sem dúvida, que eu aqui estou.
Não é para ter o grau, para garantir o emprego, para ser mais ou melhor.
Já muito antes de saber que o grau seria fundamental por motivos profissionais, eu sonhava com o Doutoramento pela simples (?) satisfação de o fazer. Por este entusiasmo que me faz - literalmente - saltar da cadeira quando escrevo um bom parágrafo, quando me aparece uma ideia brilhante (porque brilha mesmo!), quando me sinto capaz de raciocínios novos, originais, interessantes.

E chego alegremente à página 16!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Acordando para a vida

Ontem ainda tive coragem para me pôr a trabalhar à noite, quando a criançada foi dormir. De repente, apercebi-me de que era dia 23, o dia em que tinha ficado de enviar à professora o que tivesse escrito, para que ela o pudesse ler antes do nosso encontro de dia 28, esta sexta.

Percorri o ficheiro e tive a certeza: não era ainda o momento de lhe enviar nada. Mas tinha ficado combinado!...

Gravei um ficheiro novo apenas com a parte introdutória, de seis páginas. Enviei-lhas, pedindo desculpa por ser pouco. Não havia problema nenhum, respondeu ela ao fim de pouco tempo. Desejou-me continuação de bom trabalho e eu atirei-me a isto, mexendo e remexendo, com algum receio e alguma hesitação, mas ainda assim com algum resultado. Dei por terminada a sessão quando cheguei à página 13.


 

Agora estou na BN, mais uma vez, a alimentar-me dos nutrientes necessários para poder continuar a produzir.

 

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Página 10

E eis que engreno numa ideia e me volto a entusiasmar!

Devagar se vai... perto

A escrita avança, mas muito devagar.O método está cada vez mais desorganizado, por causa das falhas de memória: agora, em vez de escrever apenas a frase que decorre da anterior, escrevo parágrafos soltos sobre isto e aquilo e deixo-os logo ali, perdidos uns a seguir aos outros, com linhas de intervalo, para que não haja o risco de me esquecer de os escrever mais tarde.
E já só falta uma semana para ir mostrar o que fiz à professora!...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Afinal...

Era mentira.
Afinal a escrita não fluiu como eu inicialmente fui levada a crer. Comecei a desgostar do que escrevera na última página e a reformular as ideias, até que, depois de ter escrito e reescrito, acabei com menos meia página do que tinha antes. Talvez tenha sido por uma boa causa, mas custa ver o trabalho a encolher nesta altura do campeonato!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Interrupção involuntária

O trabalho ficou parado tempo de mais, porque outras solicitações me chamaram.
Agora retomo-o e, ao contrário do que pensava, a escrita não emperrou, continua a fluir.
 Vamos a isso, que se faz tarde, apesar da benesse!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Benesse

Uma excelente notícia: a professora que vai corrigir o artigo deste semestre pediu para adiarmos o prazo de entrega uma semana, porque vai estar fora do país. Incrível! Desde quando é que são os professores a fazer estes pedidos?!

terça-feira, 11 de maio de 2010

A coisa vai avançando...

Estou na página 7.
Parece uma visão fria e calculista, desprendida e superficial estar assim a escrever a metro?

Pois eu gosto de escrever a metro. E não acho que esteja a escrever "palha" só por causa disso. Pelo contrário. É uma escrita suada, excitada, envolvida. Está-me a dar gosto e gozo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

De volta à BN

BN a abarrotar de gente a investigar. Quando entro na sala e observo todas aquelas pessoas concentradas, lendo e trabalhando em silêncio, dá-me vontade de gritar: «então, pessoal! Tudo a correr bem?!» - só para animar o ambiente. Faz-me sorrir vezes sem conta, esse pensamento.
Parvoíces que me ajudam a descontrair!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Viragem

Seja como for, as ideias fervilham agora cá dentro e obrigam-me a vertê-las em frases que se vão ligando e adensando em parágrafos a uma velocidade rápida, mas segura. E isso é excelente!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Escrever desde logo ou apenas no fim? A eterna questão...

O meu orientador esclareceu hoje que não é a favor de reservar o momento da escrita para o fim, depois de feitas todas as leituras. Diz ele que esse é o método tradicional, mas que julga ser proveitoso começar a escrever desde cedo, mesmo que seja para depois reformular tudo.

E eis que volto a considerar a minha falta de método como um método, apesar de tudo.
Percebo o risco, a dispersão e a incipiência da escrita precoce. Mas também vejo a vantagem de registar num esboço de trabalho as ideias que, se não forem logo vertidas num texto coerente (independente das fichas de leitura), correm o risco de se perderem para sempre...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Input

O tempo voa quando estamos entretidos com alguma coisa, sobretudo se nos dá prazer. E quando lemos? Também, se essa leitura for entusiasmada. Ou então se estivermos desesperados para assimilar conhecimento com determinado prazo à vista (data de entrega do trabalho: 7 de Junho) e ainda por cima a pagar estacionamento, que é o meu caso!

domingo, 2 de maio de 2010

Senta-levanta

Domingo de manhã. Os miúdos estão sossegados na sala, a ver televisão e a brincar. Depois de arrumar o quarto deles e a loiça do pequeno-almoço, ando pela casa a pensar que talvez pudesse trabalhar um bocadinho, uma vez que está tudo tão tranquilo.

Discretamente, venho para o escritório e ligo o computador, para tentar pôr preto no branco as ideias que se me foram definindo na mente, enquanto ainda estava na cama. Olho para a página branca do Word e para a página branca da minha memória. Varreu-se-me tudo. Mesmo assim, tento dar forma verbal a... o Vicente entra no escritório e pergunta-me o que estou a fazer, pede-me coisas, quer atenção.
Desisto, foi má ideia. É fim-de-semana, afinal!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Liga-desliga...

A minha cabeça parece um interruptor que se vai ligando e desligando sozinho.
Ora se me ilumina o cérebro, e vejo o caminho a seguir, ora fico na escuridão total, incapaz de dar um passo. Para o bem e para o mal, nehuma das situações dura muito tempo...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Discrição na dificuldade

Troquei umas mensagens de correio electrónico com a professora que está a orientar-me neste trabalho - e que o irá avaliar. No fim, ela desejou-me "continuação de bom trabalho" e isso levou-me, de imediato, a sentir que devia aproveitar a oportunidade para desabafar. Sem pensar, cliquei na opção de "responder" e já tinha escrito "na verdade, não tem sido lá muito bom, mas parece-me que é apenas uma fase" - quando algo em mim me obrigou a parar. Disse para comigo: «se é apenas uma fase, mais vale não desabafar.» Para quê dar uma imagem de insegurança e confessar-lhe que me sinto perdida, quando posso encontrar-me em breve e mostrar-lhe apenas o resultado desse encontro?
Aos amigos é que se desabafa. Aos professores mostra-se o nosso melhor!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Dou a mão à palmatória

... percebi hoje, mais claramente do que nunca, que é uma perda de tempo começar a escrever antes de ter acabado as leituras.
Depois de muito trabalho mental, consegui reescrever a minha primeira página - o que implicou ignorar por completo tudo o que havia escrito antes e agora me parece, senão absurdo, pelo menos obviamente incipiente.
Ainda há leituras por fazer e, por isso, parece que ainda não aprendi a totalidade da lição. Mas foi-me absolutamente necessário começar a relacionar ideias num documento à parte (que pode bem não vir a ser a versão final) e assim já ultrapassei o fantasma daquele trabalho mal iniciado, espécie de aberração com a qual eu achava que teria de viver.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ler e escrever

Não sei se devo ler de uma vez e depois passar as notas para a ficha de leitura no Word, ou ir lendo e tomando notas ao mesmo tempo.
Esta pergunta não tem que ver com método, mas apenas com a saúde dos meus olhos...!

domingo, 25 de abril de 2010

Eu li tudo, eu sei tudo?


Num pequeno livro de Carlos Ceia intitulado O Que É Ser Professor de Literatura (Colibri, 2002), leio o seguinte:

«Qualquer tentativa de separar o ensino e a prática da língua e da literatura está condenada ao insucesso. Não há um único caso, na história da educação ocidental, de sucesso escolar ou académico obtido com tal divisão.»

Sem querer pôr em causa a veracidade da afirmação, será legítimo que alguém (não como o autor, mas como eu) se refira assim tão categoricamente a toda a "história da educação ocidental" num trabalho de investigação? Será possível que, enquanto investigadora, alguma vez eu possa sentir-me inteiramente segura da abrangência do meu conhecimento para fazer uma afirmação deste tipo?



sexta-feira, 23 de abril de 2010

As duas fases

Hoje recebi um conselho importantíssimo de um verdadeiro mestre da investigação, que tive o prazer de conhecer e que teve a gentileza de me convidar para almoçar:

qualquer investigação deve ser dividida em duas fases: a da investigação propriamente dita, em que se lê e se elaboram fichas de leitura; e a da redacção da tese, que mais não é do que a combinação das ideias já anotadas nas fichas de leitura. A segunda fase, por essa razão, é mais breve do que a primeira.

Confesso que me custa seguir este método rigoroso e seguro. Chamem-me desorganizada, irresponsável, mas a verdade é que é raro "perder tempo" (está bem, sei que não é perder tempo) a compor fichas impecáveis, quando posso começar logo a redigir um texto, que não me importo de reformular vezes sem conta.
Porém, tenho perfeita noção de que a minha falta de método me pode custar caro e não me orgulho  especialmente dela. E como também sei que, pelo menos neste âmbito, nunca é tarde para mudar, parece-me que agora é uma boa altura para acatar o bom conselho que o destino me fez ouvir.
Bem haja, Professor Alves de Fraga!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Engrenando...

Hoje parece que as coisas engrenaram. Ou seja, comecei finalmente a poder dedicar algum tempinho do dia, embora não tanto como seria desejável, à leitura activa da bibliografia. Leitura activa no sentido em que leio e ao mesmo tempo já vou escrevinhando alguma coisa do trabalho.
Provavelmente é cedo e talvez eu tenha uma costela masoquista, mas a verdade é que consigo retirar um certo prazer da sensação de, algum tempo depois, verificar que, afinal, o que escrevi antes era uma manifestação de ingenuidade e falta de conhecimentos mais sólidos.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ainda não deu!

Dizer é fácil, fazer é que é pior... ainda não consegui nem começar a ler, quanto mais...!

Aulas para preparar e agora, só me faltava isto, tenho de assumir a coordenação de um Mestrado. Como é que querem que eu faça tudo?!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Toca a trabalhar!

O encontro com a professora correu bem. Mas a pedalada dela é de mais! Se eu digo que estou a pensar fazer três coisas, ela acrescenta uma quarta. Se eu penso desenvolver um tópico de cinco maneiras, ela acrescenta mais três. Se eu digo que acho isto, ela sugere que também devia achar aquilo e aqueloutro.

 Enfim, a senhora não brinca em serviço e nós também não estamos autorizadas a fazê-lo. Agora é começar a trabalhar a sério, porque só faltam sete semanas para a entrega definitiva deste trabalho! And the countdown begins...
 

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Prontos!

Pronto - de repente, ficou pronto e tem um aspecto sério e mais ou menos rigoroso o meu plano do próximo trabalho/artigo. Pelo menos para mim.

Para minha surpresa, quando cheguei (atrasada) à aula em que sou "turista", o professor convidou-me a partilhar o plano com as colegas e pareceu bem impressionado. Mas avisou-me: é uma tese de risco, porque há muita gente que não partilha das minhas ideias. OK...
Mas ele (futuro orientador) está de acordo comigo. Thank God!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

P.*#&"z!

Já tiveram a irritante experiência de ter lido alguma coisa a que não deram grande importância e que mais tarde querem reler, mas não sabem onde está?

Ando nisto desde as sete e meia da manhã... a tentar descobrir onde é que eu li uma frase que nem sei bem de que forma está redigida, por isso nem o "find" do Word me pode ajudar...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Texto, para onde me levas?

Decido ler uma tese de doutoramento que me parecia directamente relacionada com o trabalho que pretendo fazer.
Mas a meio desisto, porque afinal o texto não me está a levar para um lugar seguro, interessante, relevante. A viagem não é promissora e o tempo demasiado precioso para o perder com deambulações inúteis.
O assunto é dilucidado com recurso a uma vastíssima bibliografia. Mas fazer o mesmo ali se fez está fora de questão e fazer outra coisa implica que, afinal, a leitura dessa tese não me interessa assim tanto.
O problema é que, claro, posso estar enganada.

sábado, 10 de abril de 2010

Momento de descontracção

Queridas colegas, adorei tê-las cá em casa. Foi óptimo poder conversar animadamente sobre o nosso trabalho, rir da verborreia que temos de ler, exorcizar o medo de não conseguir dar conta do recado.


 Acho que vai ser muito benéfico - fundamental - repetir momentos destes, de vez em quando, para mantermos a nossa sanidade mental!
Fico muito contente por tê-las conhecido e espero que nenhuma das duas desista.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mau...

Se ontem estava perdida, hoje ainda estou mais. Procuro avançar no texto, encontrar um rumo de escrita, mas é preciso ler mais, muito mais. E não sei bem o quê!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Altos e baixos

De certeza que vai haver muitos dias assim, alternados com dias melhores: dias em que me sinto esmagada pela quantidade de livros para ler e perfeitamente incapaz de alguma vez escrever alguma coisa nova, depois de os ler. Péssimo estado de espírito. Hoje, nem a BN me ajudou, com aqueles idiotas a conversarem atrás de mim... e nem consegui mandá-los calar, como devia.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Sem ideias

O que leio não me ajuda a saber o que escrever. Sinto-me perdida, até enquanto estou a ler. Para que me serve isto? Pergunto-me. Não deveria estar a ler outra coisa? Mas o quê? E entretanto, os meus olhos vão descendo pelas linhas da página impressa, mas a cabeça não está a assimilar nada. Volto ao início do parágrafo vezes sem conta. E a pergunta ecoa incessantemente: para quê?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

BN expulsa leitores às 13 horas

Consegui ir para a BN mais cedo do que imaginava. Com um filho no infantário e o outro em casa da avó, toca a ler!

Mas eis que... não foi por muito tempo. As funcionárias da BN não conseguiam (nem tentavam, decerto) esconder o seu ar de satisfação. Fiquei esclarecida assim que cheguei, pelas 10h.30m.: «à uma hora queremos toda a gente fora!»

Fiz uma leitura apressada, mas ainda assim agradável. Saí contrafeita, dez minutos antes da hora da expulsão, para a evitar. E o resto do livro vai ter de ficar para a próxima semana, «porque o senhor ministro deu autorização». Boas férias da Páscoa, funcionários da BN!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Férias inoportunas

Seriam excelentes, se eu pudesse ir para a BN ler. Neste momento, é o que preciso de fazer, visto que não tenho os livros em casa. Mas as férias deixam-me agarrada aos filhos, o que é bom, mas improdutivo! Só espero ter tempo de preparar a apresentação do meu plano de trabalho que é suposto fazer no dia 16!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Achada

É preciso começar pelas leituras, claro. Mas quais?
Ah, sim...

Obrigada, Google!

terça-feira, 23 de março de 2010

Perdida

Confesso que me sinto perdida, neste momento.
Não sei por onde começar a planificar o meu próximo trabalho.

Isto passa!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Alento

Qualquer mensagem de alento é óptima, mas uma mensagem do meu futuro orientador a dizer que o meu trabalho lhe pareceu um excelente começo de tese é melhor ainda!

terça-feira, 16 de março de 2010

Aulas anglo-saxónicas

Foi bom ter ido à aula, mas saio algo desiludida com a metodologia do professor.
Tendo em conta que se trata de um curso de doutoramento, ou seja, que os alunos já sabem muito (supostamente), optou pelo método anglo-saxónico, que é uma espécie de "mesa-redonda" em que se discutem as ideias dos textos lidos previamente, e os alunos falam tanto como o professor. 
Conheço o estilo, porque frequentei um curso de mestrado em Inglaterra, mas não era nada disso que eu pretendia agora.
Queria aprender, com um professor a explicar coisas. Simples, tradicional.

Serei ingénua? Ou estarei a pedir demasiado?!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Olhos à obra!

Entusiasmadamente a ler e a tirar notas dos preciosos livros que a professora me emprestou, para os poder devolver no dia 16 de Abril.

domingo, 14 de março de 2010

Ouro sobre azul

Consegui mudar o meu horário de forma a poder assistir às aulas do meu orientador. E esta? A faculdade permite-me ir assistir ao seminário de outro curso de doutoramento, desde que o professor não se importe.
Excelente: vou lá, beneficio dos ensinamentos do profe e não preciso de fazer nenhuns trabalhos para ele, porque sou mera turista. Entretanto, tenho a tutoria com a profe do meu departamento.
Ouro sobre azul!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Abordagem profissional

Não sei o que se espera de um professor responsável por uma tutoria (em substituição de um seminário que seria leccionado por vários docentes, se houvesse mais do que 5 alunos inscritos), que está de licença sabática e teve recentes problemas de saúde. Mas sei o que eu esperava: muito menos do que aquilo que recebi.
A professora recebeu-me hoje, a mim e à minha colega, com uma extensa bibliografia que teve o cuidado de preparar para nós, tendo em conta a investigação que lhe dissemos que queríamos fazer. Basicamente, fez por nós um dos trabalhos iniciais mais difíceis e ainda teve a preocupação de comentar todos os títulos, referindo-se ao conteúdo e às razões por que nos deveriam interessar. Para além disso, levou alguns livros para me emprestar (só trouxe 3, porque achei que 6 era um abuso!) e ainda nos informou que tem outros, se precisarmos.
Dizer que ela foi muito profissional talvez roce o absurdo, porque ela É uma profissional. Mas, como sabemos, há inúmeros profissionais que o são apenas de nome, mas não de atitude nem de competência. Por isso, fiquei agradavelmente surpreendida. E nada arrependida de me ver, afinal, ali, naquele curso, naquela especialidade, com aquela professora. Exigente, franca, simpática. Vou gostar de trabalhar para ela, embora pressinta que poderá ser uma lição dura de aprender. Porque eu tenho mesmo muito que aprender!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Aulas a que não irei

O meu orientador vai dar aulas num outro curso de doutoramento e fez um programa como deve ser.
Organizou-o de acordo com os tópicos que serão abordados em cada sessão e fornece referências bibliográficas específicas para cada aula, com as ligações para as páginas da Internet onde os textos estão disponíveis, quando esse é o caso.
Que pena eu não poder ir assistir às aulas dele...! Mas ao menos fico com uma ideia do que se passa e posso ler a bibliografia.

terça-feira, 9 de março de 2010

Enxertos e próteses II

Quero enviar o meu primeiro trabalho ao orientador, mas como sei que não está perfeito e recebi ajuda para poder melhorá-lo, quero fazer-lhe antes algumas alterações. A dúvida permanecerá, quando acabar: ficou na mesma, pior ou, como se pretendia, melhorou?
Pelo menos agora não é para receber uma nota! E depois de o reler e repensar, acho que 18 foi uma classificação muito generosa...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sobreposição de especialidades

Falei com a professora do seminário de especialidade. Contei-lhe que há uma lacuna na minha formação anterior que gostaria de preencher com aulas, como nos velhos tempos. E como ela só tem duas alunas e o suposto seminário vai funcionar apenas em regime de tutoria (whatever that means...), perguntei-lhe o que achava de me inscrever num seminário semelhante, que será leccionado pelo meu orientador. Ela deu-me todo o apoio e, parece-me, ficou satisfeita por se ver livre de uma tutoria (pela qual não será paga, ao que parece).
Mas o gabinete de "apoio técnico" não me deixa inscrever-me noutra especialidade, doutro curso de doutoramento. Faz sentido. Se quiser mudar, tenho de esperar um ano e depois arrisco-me a ter de fazer outros seminários ainda. Não vale a pena.
Expliquei que gostaria de assistir a AULAS. «Mas pode ir assistir às aulas do seu orientador», esclareceu a funcionária. Ai sim? Excelente! O pior é que, por azar, são no mesmo dia e à mesma hora em que dou aulas... shit!

segunda-feira, 1 de março de 2010

O maior desafio

O doutoramento é a grande sombra dos meus dias, o bicho-papão, o desafio omnipresente. Acordo a pensar nele, adormeço a pensar nele. Cada objectivo mais imediato impõe-se como aquilo que de mais importante eu preciso de fazer na vida, a prioridade, a suma responsabilidade.

Mas é tudo ilusão. É o bicho-papão a querer enganar-me, a tentar sugar-me a energia e a atenção para seu exclusivo benefício. Porque o mais importante são os meus filhos.
Educá-los é um desafio maior, muito mais importante e com consequências mais duradouras e relevantes. É preciso não esquecer isso, sobretudo quando o papão me mantém sentada ao computador, ou alheada do que se passa com eles, como se fosse um outro filho, mimado e prepotente.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Próximo passo

Encontro com a professora do seminário de especialidade. Quarta-feira. As aulas serão dadas em regime de tutoria, uma vez que há menos de cinco alunos inscritos. Mas, garante a coordenadora, a sua qualidade não será por isso posta em causa.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Primeira nota

Fui à página web da faculdade, entrei na "secretaria virtual" e lá estava: 18 valores. Ufa!
Agora vou alterar o artigo, de acordo com as preciosas sugestões do professor avaliador, e enviá-lo para o meu futuro orientador, que tem pouco tempo para o ler, mas, quanto a mim, deve fazê-lo. Afinal, é provável que venha a fazer parte da tese.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Awkward moment

Lá fui, falar com o professor que avaliou o meu trabalho.

Conversa muito agradável, achei muito acertados os seus comentários e percebi perfeitamente as suas críticas. Fiquei sem saber a que nota corresponderia o tal "muito bom", mas acho que só é suposto saber no dia 26, a data-limite para serem divulgadas as avaliações.

O complicado foi a seguir. Falei com ele sobre a minha intenção de trocar o seminário de especialidade pelo que será leccionado pelo meu orientador noutro departamento e a coordenadora não gostou que ele fosse falar com ela depois, para interceder por mim. Eu não a deveria ter ultrapassado, mas a conversa surgiu espontaneamente e, quando ele se ofereceu para falar com ela sobre o assunto, eu aceitei alegremente. Nunca pensei que ela fosse ficar melindrada com isso. Trocámos umas mensagens um pouco azedas, mas depois telefonei-lhe e a coisa compôs-se, acho eu.
Percebi que ela não vê com bons olhos a minha vontade de fugir para o outro departamento, parece-me que encara isso como um sinal de insatisfação ou desconfiança em relação ao trabalho dos professores dali. E confesso que, depois de ter conversado com ela, acabei por ficar baralhada. Já não sei o que hei-de fazer.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ouvi dizer...

Que as aulas dadas no curso de Doutoramento não "contam" para os horários/remunerações dos professores. É praticamente uma confirmação das minhas suspeitas...

Alívio

O professor escreveu-me, finalmente, a dizer que o trabalho está "muito bom", mas tem comentários a fazer. Esta semana irei à faculdade para uma conversa para a qual, fiquei a saber enquanto trocávamos disponibilidades horárias, meia hora não chega. Estou intrigada!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O facilmente difícil

A faculdade disponibiliza, no portal Internet, um modelo de formatação do trabalho final a entregar no fim do próximo semestre, e também nos informa sobre os requisitos de conteúdo, o limite de páginas e o número de cópias a entregar (3 em papel e uma digital). Está tudo tão facilitado, que até parece uma tarefa simples!

Mas na verdade, vai ser complicado, pelo menos para mim, que ainda nem sei muito bem o que pretendo. É preciso ter uma ideia muito clara a esse respeito e saber exactamente o que já foi feito na mesma área, porque o trabalho consiste precisamente em explicar isso: o que me proponho fazer e qual o estado actual da investigação nesse campo.

Quem me ajuda? (Pergunta retórica, claro).
Acho que só precisava de conversar com alguém que me desse umas luzes, que me fizesse pensar. Não quero que me dêem ideias feitas, apenas a inspiração para que elas me surjam!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

E a avaliação?

Se viu o meu trabalho no fim-de-semana passado, o Professor continua sem dar notícias.

Bolas!

Tutor encontrado

Afinal, devo ter percebido mal. A Coordenadora assumiu-se como minha tutora e foi por isso que não indicou ninguém. Talvez lhe deva um pedido de desculpas por presumir que ela tinha falhado em apontar um tutor para mim!

Tutor precisa-se

Em Setembro, disseram-me que me seria indicado um tutor no início do curso e que esse professor me acompanharia na primeira fase do curso, isto é, ao longo do primeiro ano de estudos.

Estamos em Fevereiro e, tanto quanto me lembro, nenhum tutor me foi indicado. Até aqui, não precisei dele, mas agora começa fazer falta alguém que me possa dar uma ajuda na elaboração do Trabalho Final. Note-se que o orientador da tese só será formalmente apontado depois de o Trabalho Final ser entregue - trabalho este que constitui o primeiro capítulo da tese...

Makes sense, doesn't it?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Resposta

Recebi resposta breve do professor, confessando que ainda não leu o trabalho. Promete lê-lo no fim-de-semana e aconselha-me a não ficar ansiosa.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Saber ou não, eis a questão

Fartei-me de esperar.
Enviei mensagem electrónica ao professor a perguntar se já tinha notícias para mim.

Algo me diz que os tempos de ignorância são mais felizes, mas ao mesmo tempo começo a ficar farta de não saber o que tenho de saber.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Jantar de turma reduzida

Só vai quem quer, por isso fomos só três.
E estivemos tão animadamente à conversa, que ficámos sentadas na mesa do restaurante desde as oito e meia até à meia-noite. Eu, pelo menos, não dei pelo tempo que passou.
Gostei de conhecer melhor as minhas duas colegas e espero que outros jantares entre nós se repitam!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Adeus, avô

Hoje, quando ia dar o almoço ao meu avô, no hospital, fui surpreendida pela notícia da sua morte.

Sei que ele tinha muito orgulho em mim, por estar a fazer o doutoramento. Obrigada, avô! O seu apoio, mesmo silencioso, sempre significou muito para mim. E vai continuar a significar!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Então?

Será que demora assim tanto ler um trabalho de 25 páginas?
Quanto tempo mais vou ter de esperar para saber se está mau ou bom?!

Era suposto sabermos as notas até ao dia 30, mas entretanto o calendário lectivo foi alterado (adiamentos a todos os níveis...). Quanto aos moldes em que deve ser feito e apresentado o trabalho final do 2.º semestre, a coordenadora escreve estas palavras tipicamente vagas: «veremos depois das avaliações deste semestre»... enfim, o costume.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Tempo de espera

Parece estranho não fazer nada para o doutoramento. Talvez devesse estar a ler alguma coisa...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A turma

Parece simpática e heterogénea qb.
Sugeri organizar-se um jantar para comemorar a finalização da primeira etapa (entrega dos trabalhos do 1.º Semestre), mas houve poucas reacções de adesão (duas) e uma esmagadora indiferença (cerca de 20 colegas).
Piu.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ufa!

Entreguei o primeiro trabalho, o artigo que andei a escrever essencialmente durante a pausa do Natal, até à semana passada.
Ainda tinha mais dois dias antes do prazo limite, mas já não podia enfrentar a coisa. Já me era impossível avaliar se o que estava escrito devia ser melhorado, se o que arriscava alterar melhorava ou piorava a forma e o conteúdo anterior. Não valia a pena insistir. Está entegue, seja o que o professor quiser. Estou nas suas mãos.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ponto de saturação

Inútil, a certa altura, ler mais, na esperança de ainda poder melhorar o que fiz.
O trabalho está feito e saber se o professor acha que está bem feito é impossível.

Ponderei enviar-lhe um e-mail a pedir que desse uma vista de olhos no texto e me dissesse se está bom ou se precisa de ser melhorado antes da entrega definitiva.
Mas agora sou professora e sei que isso é tão razoável como querer saber o número que vai sair na lotaria antes de comprar o bilhete. (Quando era só aluna também sabia que não era razoável, mas gostava de ser pouco razoável).

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Até que enfim!

Chegou hoje, com mais de um mês de atraso, a resposta da faculdade sobre o meu pedido de creditação dos seminários do Mestrado. Ao contrário do que a Coordenadora tanto repetiu ("vai ter a totalidade dos créditos, por isso não vai precisar de fazer nenhum seminário"), não tive direito à totalidade dos créditos, o que significa que devo fazer dois, dos quatro seminários.
Na altura em que fiz o pedido, paguei 40 euros e disseram-me que cada crédito custava 10. Ou seja, ainda teria de pagar os restantes 360 euros, se me fossem concedidos os 40 créditos. Entretanto, parece que saiu uma lei que torna as creditações gratuitas. Resta saber se a faculdade me vai devolver os 40 euros que me sacou...


Reavanço

Reavancei, voltei às 26 páginas e imprimi-o.
Tem bom aspecto, a coisa. Mas é só gráfico!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Retrocesso

Estava pronto, eu estava satisfeita, e eis que leio mais umas coisas.
Isto deve ser frequente: leituras que vêm pôr em causa o que já se escreveu. Pensamento positivo: ainda bem que isto acontece agora, enquanto há tempo. Volto ao artigo, apago muita coisa que já não faz sentido. Tento introduzir coisas que fazem mais sentido, mas acaba tudo numa confusão e fico com menos duas páginas. Assinalo a amarelo as partes que ficaram coxas.
Amanhã tenho de voltar a este imbróglio...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Mexo... não mexo?

Cheguei a um ponto próximo da saturação.
Já não sou capaz de perceber se aquilo que estou a acrescentar e a modificar, sempre que leio o que escrevi, melhora ou piora o texto.
Próximo da saturação, mas não o ponto da saturação.
Porque, mesmo sem saber se é boa ideia, ainda não sou capaz de ler sem mexer. Só sou capaz de suspeitar que talvez não seja boa ideia.
Isto percebe-se?

domingo, 3 de janeiro de 2010

Mexo!

Mexi, remexi e voltei a mexer. E, ou muito me engano, ou o resultado é melhor.
Arriscar, nesta fase, é importante, acho eu. Fiquei com mais duas páginas, mas não me parece que sejam de palha. É claro que uma opinião alheia viria a calhar, mas isso...

sábado, 2 de janeiro de 2010

Final não final

Acabar, acabei. Melhor: esgotei a minha possibilidade de escrever um texto coerente. Mas talvez não me devesse ficar por aqui. Agora, resta-me, portanto, a parte mais difícil: voltar atrás e encher cuidadosamente o esqueleto com mais carne, onde ela faz falta.

Das 23 às 3

É quando se trabalha melhor.
Por muito que custe ficar acordada a estas horas, sabendo que o dia seguinte começa cedo, vale a pena.
Estamos em 21 páginas. É obra!