terça-feira, 12 de julho de 2016

Um ano depois


Faz mais de um ano que me doutorei.
A alegria de ter conseguido, a leveza de estar "despachada", a satisfação de ver finalmente o título por extenso à esquerda do meu nome, tudo isso já passou. O dispendioso "canudo" mora dentro da lata em que veio da Reitoria e a lata, por sua vez, acumula pó num canto discreto de uma das estantes da casa.

Em que é que a minha vida hoje, um ano depois, é melhor por ter feito o doutoramento?

Em pouco. Nos x euros que agora recebo a mais, ao fim de cada mês? Sim, sendo que x = pouquíssimo. E isso foi conseguido através de um pedido fundamentado, pois a mera aquisição do grau não garantia a atualização automática do vencimento.
Porém, não aumentaram as minhas hipóteses de conseguir outro emprego, o que constituía talvez a finalidade mais interessante do esforço empreendido.
É certo que fiz o doutoramento motivada, sobretudo, pelo prazer que me deu escrever a tese, pela realização pessoal. Mas terá valido a pena, em termos práticos?

Para responder, é preciso clarificar esses "termos práticos". Se dizem respeito a dinheiro e a evolução na carreira, não, nem pensar. Nem sequer posso afirmar que agora me é mais fácil manter o emprego que tenho, porque já me tinha sido atribuído o título de especialista nas áreas em que leciono.
No entanto, o grau de felicidade em que nos encontramos também faz parte dos "termos práticos" em que vivemos, acho eu. Em termos práticos, sinto-me bem não apenas por ter escrito uma tese de doutoramento que foi aprovada e elogiada por um júri, mas também por isso. Em termos práticos, recordar essa experiência e tê-la como referência na minha vida ajuda-me a acreditar mais em mim, a gostar mais de mim. O que é que pode ser mais prático do que isso?


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Finalmente... atei a última ponta solta



Lá fui, ontem, à Reitoria, para entregar a versão final correta da tese, desta vez com a Nota Prévia, que afinal faltava em todas as versões que imprimi anteriormente, incluindo as que o júri recebeu.
Custa-me pensar que, provavelmente, ninguém vai agora ler aquelas quatro páginas. Para mim é fundamental que lá estejam, não só porque desde sempre vinham mencionadas no índice, mas sobretudo porque é nelas que explico como surgiu a ideia de escrever aquela tese e o que ela significa em termos pessoais.
No meu entender, são as melhores páginas do todo. E decerto as mais fáceis e agradáveis de ler.
E acreditam que, distraída como sou, quase saía de lá sem levantar a certidão? Se a funcionária não me tivesse perguntado se já a tinha ido buscar («não me lembro... acho que não!»), ainda teria de lá voltar, quando desse conta de que o papel, pago a peso de ouro, ainda não estava nas minhas mãos.
Às vezes fico verdadeiramente admirada ao constatar que, sendo tão aluada, mesmo assim consegui chegar até aqui!


quarta-feira, 8 de julho de 2015

Obrigada e adeus... ou não!


Já que não lhe agradeci formalmente na própria tese - embora o tenha feito na defesa - ontem convidei o meu orientador para jantar lá em casa, juntamente com uma amiga comum.
Foi uma ocasião de convívio bastante agradável, que além de ter funcionado como um agradecimento, também parece marcar o término da nossa história conjunta.
No entanto, tenho esperança de que assim não seja. Gosto de pensar que ainda terei oportunidade de trabalhar com ele ou para ele, o que não é descabido porque, ao despedir-se, ele próprio referiu que em setembro me contactará por causa de um projeto qualquer.
Espero que não se esqueça!

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Ups


E não é que me apercebo de que provavelmente faltam 4 páginas (a "Nota Prévia") na versão final da tese (tanto impressa como digital) que entreguei na Reitoria?!
Só eu...
Resta-me escrever e-mail para lá a pedir que confirmem e que me deixem substituir os exemplares entregues por outros devidamente corrigidos e aguardar resposta.


quarta-feira, 24 de junho de 2015

Para que serve uma carta doutoral?


É esta a pergunta existencial que me atormenta hoje o espírito, desde que tomei a decisão espontânea e provavelmente estúpida de pagar 153 euros por um papel de nome pomposo, que me perguntaram na reitoria se iria querer, juntamente com a certidão do doutoramento, cujo módico preço se fica pelos 50 euros.
A pergunta na realidade desdobra-se em duas: 1) "porque é que eu decidi pagar para ter uma "carta doutoral" que não era obrigatório requerer?" (E a resposta, para não ser "porque sou estúpida", depende, naturalmente, de uma resposta justificativa à segunda pergunta: "afinal, para que serve esse papel vendido a peso de ouro?"
Por favor, não me digam que é apenas para emoldurar...!

 

Surprise!

Eis que a Direção da Escola onde trabalho se organiza para me oferecer um almoço-surpresa, por ter concluído o doutoramento. Circulou um e-mail para que se pudessem inscrever todos os colegas interessados em estar presentes, e supostamente eu iria ser surpreendida na hora em que me conseguissem encaminhar para o restaurante, se não fosse o facto de, naquele dia, eu não estar a contar aparecer senão à noite, para cumprir o meu horário pós-laboral. Assim, a minha chefe teve de me confessar, com alguma pena, que se preparava a tal surpresa, pois a mesa estava marcada e eu insistia em não estar disponível para ir àquela estranha reunião que ela insistia em agendar para a uma da tarde!...
Acabei por levar marido e amiga (ex-colega), com quem tinha combinado almoçar naquele dia, e juntamente com os outros convivas passámos um momento bem agradável, apreciando as deliciosas iguarias preparadas pelos alunos de Hotelaria, no restaurante pedagógico do campus. O único (pequeno) senão foi o calor lá dentro, que conseguiu ser superior ao do ar lá de fora.
Obrigada, chefe!
E já que estamos em maré de simpatia e generosidade... que tal reverem o valor miserável do meu ordenado?!

sábado, 6 de junho de 2015

Defesa indefesa

Entreabrindo a porta da sala, o orientador cumprimentou-me, parecendo aliviado por eu ter aparecido a horas. Perguntei, ingenuamente, se os outros membros do júri já tinham chegado. "Claro que já chegaram, já tivemos uma reunião", esclareceu ele, divertido com a minha ignorância destas situações. Depois disse que se ia "só vestir" e que já me chamavam. Fiquei admirada, pois não pensei que haveria essa formalidade ali - pelo menos não me recordava de ter visto o júri de beca na última defesa a que assistira.
Mas não tive muito tempo para pensar nisso, claro. Daí a nada fui convidada a entrar na sala - e expressamente instruída a fazê-lo antes, e não depois, dos membros do público (marido, pais, irmã e uma amiga). Os ilustres membros do júri ali estavam, sentados, e observaram-me com interesse, enquanto eu me dirigia ao meu lugar. Pareceu-me que um deles me olhou com genuína surpresa, como quem acha que a figura não condiz com a escrita. Sentei-me, tirei a tese da pasta e coloquei-a em cima da mesa, pus umas folhas A/4 à minha frente, bem como a caneta, e pousei a mochila no chão. A Presidente, que foi minha professora há vinte anos, convidou-me a fazer a apresentação da minha tese, no máximo em vinte minutos.
Cumprimentei os membros do júri, o público e o orientador, agradecendo-lhes por diferentes razões. Quase de imediato, senti a saliva a desaparecer-me da boca como que por magia. Parecia que tinha engolido um deserto inteiro. Felizmente, havia uma garrafa de água e um copo na minha mesa, mas eu não podia, pelo menos para já, começar a servir-me. Continuei a desbobinar a gravação com a naturalidade possível, sentindo-me segura e feliz por estar finalmente a deitar cá para fora aquele discurso tantas vezes ensaiado, pela última vez. A dada altura, achei que já podia abrir a garrafa. Admirei-me ao perceber que a minha mão esquerda tremia ligeiramente, enquanto vertia a água no copo. Fluida, pausada, mas sem hesitações, a minha apresentação da tese prosseguiu em modo de piloto automático, até que, antes de concluir, perguntei se estava a ultrapassar ou não o tempo estipulado. Faltavam quatro minutos, mesmo o que era preciso para eu acabar. E acabei.
O primeiro arguente foi convidado a intervir. Fez alguns elogios, mas depressa enveredou pela crítica cada vez mais contundente, acusando-me de abusar das citações, de escrever com um grau e um tom de crítica aos outros demasiado forte, falho em civilidade académica, de ser demasiado segura das minhas opiniões, como se só eu e a minha autora preferida fôssemos detentoras da razão. Estava claramente zangado comigo por eu ter citado o seu trabalho para o criticar. Desdenhou a forma como terminei a conclusão da tese, alegando que aí se via como eu era radical ao ponto de ser insensata.  Respondi-lhe com serenidade, acatando os seus juízos e agradecendo por me ajudar a crescer e a melhorar o meu trabalho. Mas refutei algumas das críticas e expliquei porquê. Penso que fui clara e convincente, pelo menos vi na expressão dos outros membros do júri alguma concordância com o que eu dizia. Dispensei os poucos minutos que me restavam para me defender, se o arguente estivesse de acordo, e andámos para a frente.
O segundo arguente foi mais simpático e menos defensivo, apesar de ser coautor do outro, na obra por mim criticada. Mas leu as suas seis extensas e rebuscadas perguntas, sugerindo que eu escolhesse quatro, instrução que eu ignorei, pois o orientador tinha-me dito que só teria de responder às que eu entendesse e para as quais, naturalmente, tivesse resposta. Comecei por explicar que o facto de ter lido relativamente depressa as suas longas perguntas tinha dificultado a minha apreensão das questões. Por isso, iria responder na medida do possível àquilo que fora capaz de captar. Ele aceitou com aparente agrado as minhas explicações. Também me abstive, quando terminei as respostas que consegui improvisar, de usufruir do tempo que me restava.
O terceiro arguente era aquele de quem eu esperava menos elogios, e foi afinal o que falou do meu trabalho com mais apreço e entusiasmo. Fiquei intensamente feliz quando o ouvi dizer que o último capítulo era o que mais lhe tinha tocado, pois é também o meu preferido, aquele que eu acho mais original e que para mim valeu mais a pena escrever. Fiquei igualmente agradada com o facto de ele ter achado que o terceiro era o menos feliz, o menos investido, porque eu sentia isso mesmo. E fiquei exultante quando ele resolveu contradizer o primeiro arguente, sustentando que a minha conclusão terminava da forma certa: assumindo o risco que era inevitável assumir. Estava eu nas nuvens, entre o alívio de saber que dali para a frente já não haveria nada a temer, e a alegria de ouvir tantos elogios ao meu trabalho, tomando notas das perguntas e das respostas que lhe poderia dar logo a seguir, quando ele me atira a última questão e eu a apanho como uma flecha que me acerta mesmo em cheio no coração: porquê um romance e não a poesia? Se eu até escrevi uma tese de mestrado sobre poesia...
Era fácil responder com lógica e serenidade. A razão era óbvia e não me custaria nada explicá-la de modo a que todos assentissem com a cabeça e pudéssemos avançar. Mas foi isso o que eu fiz? Não. A voz embargou-se-me, mal comecei a responder àquela pergunta aparentemente inócua. Em poucos segundos percebi que era inevitável: ia começar a chorar. E foi isso mesmo que aconteceu. Chorei de emoção, a partir daí, sempre que me referi ao romance que escolhi apresentar na tese, e eles ficaram especados a observar-me, decerto espantados com a minha quebra repentina. Onde estava aquela mulher tão serena e tão segura? Por que raio havia sido de repente substituída por uma rapariguinha emotiva, agarrada ao lenço que o marido lhe passou, de lágrima fácil e voz trémula? Poderia um texto fazer aquilo? Claro que sim. E ainda bem que aquele arguente, minutos antes, se havia referido à importância da reação emocional, da perceção sinestésica, da experiência imediata e sensorial da literatura. Eu era, afinal, a prova viva de que "a literatura faz coisas às pessoas"... como disse depois o orientador.
Daí para a frente, não houve mais perguntas, apenas elogios. Senti-me como uma pateta alegre, de olhos vermelhos e sorriso parvo, enquanto o quarto elemento do júri, uma professora que eu conhecia mal, e depois o orientador, me felicitaram por diversas razões. Só o primeiro arguente se manteve sempre sério, sabe-se lá com que pensamentos a ocuparem-lhe o espírito.
Quando o meu orientador se referiu ao incidente ("acho que nunca vi ninguém chorar de emoção durante as provas de doutoramento...") e insistiu no "mistério" que levou a que aquele romance me tivesse afetado de tal maneira, tentei explicar que o motivo provavelmente se prendia com o facto de terem sido muito especiais para mim os anos em que esse texto, juntamente com outros, foi alvo de atenção nas aulas de literatura que eu nunca mais pude dar e que recordo com imensa saudade. É caso para dizer que a emenda foi pior do que o soneto... quanto mais tentava explicar-me, mais a emoção tomava conta de mim. Mas consegui reunir calma suficiente para poder terminar esclarecendo que, ao contrário do que o orientador declarara ("fez a tese em condições difíceis, sem bolsa, trabalhando a tempo inteiro, nunca se queixou, sempre cumpriu os prazos"), na verdade eu tive muita sorte e não podia senão ter cumprido os prazos, visto que contei com a ajuda dos meus pais, como patrocinadores, e dos meus patrões, que me deixaram escrever a tese no horário de trabalho.
Fomos então convidados a sair para que o júri pudesse deliberar.
Ainda esperámos uns dez ou quinze minutos, conversando animadamente, rindo, comentando o sucedido, procurando perceber o que me levara a deixar saltar a tampa da caixa das emoções. Lentamente, fui descomprimindo o corpo e a mente. Quando voltámos para dentro, estava já calma outra vez. A presidente sorriu e revelou o veredicto do júri, dando-me os parabéns. Agradeci e fiquei parada, aliviada, apreciando o momento sem pressa, sem pensar. Mas a Secretária veio dizer-me que devia ir cumprimentar os elementos do júri. Levantei-me e fui, sem saber muito bem a quem me dirigir primeiro, nem como proceder ao cumprimento. Mas eles foram saindo de trás das mesas por ordem e ofereceram-me a cara, não a mão.
Terminados os cumprimentos, o meu marido perguntou se podia tirar uma fotografia. Claro, vamos lá então. Como é que ficamos? Assim? Está bom. Parámos e sorrimos, suspensos no espaço e no tempo, por uns breves instantes. Nada a ver, tudo a ver.
Lá estamos todos, para a posteridade. Pelo menos para a minha. Com ou sem fotografia.











quinta-feira, 4 de junho de 2015

Simulação


Acabo de fazer a apresentação da tese, sem ler, sentada (pela primeira vez, pois antes fi-lo sempre durante os meus passeios na rua) e demorei exatamente vinte minutos. Tenho a impressão de que nem vale a pena treinar mais, acho que está tudo bem ensaiado. Se falar amanhã assim, como falei agora, a apresentação correrá lindamente. O pior será o resto, claro. A partir do momento em que me comecem a fazer perguntas, não há treino que me valha, será preciso improvisar... Mas se conseguir causar boa impressão com o meu discurso inicial, talvez consiga convencer o júri - e a mim própria - de que estou bem segura dos meus sólidos argumentos!



quarta-feira, 3 de junho de 2015

Apresentação da tese


Acabo de escrever o texto da apresentação da tese, que naturalmente não irei ler.
Escrevi-o sobretudo porque isso me vai ajudar a fixar o conteúdo, mas também porque assim poderei mantê-lo: fica para a (minha breve) posteridade, como recordação desse dia tão importante.
Vou ser a primeira a falar e terei de falar de cor, por isso não fica bem vacilar, andar à procura das palavras certas, tornar-me incoerente por falta de preparação.
Se o meu discurso for incoerente, terá sido por excesso de preparação!


terça-feira, 2 de junho de 2015

A assistência

Quando defendi a tese de Mestrado, não quis lá ninguém. Por vergonha ou receio de que testemunhassem a minha desgraça, caso corresse mal, escondi de quem pude a data da prova e obriguei os que sabiam qual era a prometerem que só lá iriam quando tudo acabasse. Hoje, recordo com remorsos a imagem dos meus pais a chegarem, como o meu querido avô, para me virem cumprimentar à porta do auditório, quando eu saí. Tenho tanta pena de não os ter deixado assistir...
Obviamente, não vou voltar a cometer esse erro. Desta vez, convidei toda a família e amigos que quiserem assistir, e quase, quase avisei os alunos de que iria defender a tese na sexta-feira, caso quisessem aparecer. Mas não o fiz, pela mesma vergonha e pelo mesmo receio de antes, misturados com a convicção de que se iriam aborrecer de morte durante aquelas duas ou três horas.
Ontem perguntei a uma "amiga" se não queria ir, imaginando que ela, estando também a pensar doutorar-se, teria interesse em assistir. Ela recusou prontamente, explicando-me que quando um dia defendesse a sua tese também não quereria fazê-lo na presença de amigos ou familiares. Fiquei um pouco confusa com a razão apresentada e esclareci: «mas eu quero ter lá pessoas amigas e conhecidas!». Disse-lhe que achava que isso seria bom, pois naturalmente ficamos mais à vontade quando falamos perante as caras sorridentes de pessoas que sabemos que acreditam em nós e nos apoiam, mesmo se falharmos. Mas ela não respondeu «Ah! Nesse caso, terei todo o gosto em ir!». Depois percebi porquê, claro.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Bons conselhos para a defesa da tese

Hoje houve encontro com o orientador para preparar a defesa. Ou melhor, para que ele me pudesse dar alguns bons conselhos relativamente à prova. Registo aqui os que me pareceram mais importantes:

- tome nota de tudo o que os membros do júri disserem no lado esquerdo de uma folha e, à direita, vá escrevendo as respostas para depois lhes dar;

- não tem de responder a tudo nem pela mesma ordem: fazer isso é ficar na defensiva e agir de forma demasiado submissa, o que não abona em seu favor;

- lembre-se que o seu papel não é defender-se, como se o júri estivesse a atacá-la. A tese é sua, e eles é que estão a reagir a ela;

- se lhe fizerem perguntas despropositadas, por exemplo sobre a formatação da bibliografia, pode repor o foco da conversa na tese: é ela que importa e só se justifica que a façam responder a perguntas que sejam sobre a tese em si.




terça-feira, 19 de maio de 2015

Fazer ou não fazer uma errata? Eis a questão...

Comecei esta semana a reler toda a tese, para que tudo esteja mais "fresco" no meu espírito no dia da defesa. Inevitavelmente, foram-me saltando à vista gralhas diversas - umas terríveis, outras menos graves - que deviam ter sido detectadas e corrigidas antes de ter imprimido a versão final. Ontem comentei isso mesmo com uma colega e mencionei que estava na dúvida sobre se deveria ou não fazer uma errata para entregar aos membros do júri no dia das provas. "Claro! Deves fazer uma errata!" - foi a opinião imediata dela. Mas eu fiquei na dúvida... e enviei um e-mail ao meu orientador a perguntar-lhe o que achava. A resposta não me surpreendeu: «não vale a pena errata nenhuma. Corrige depois e não fala disso se ninguém falar».

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Treino


Tenho andado a apresentar oralmente a tese, em surdina, enquanto faço as minhas caminhadas de fim de semana.
Aos sábados e aos domingos, assim que saio de casa, cumprimento os membros do júri e faço uma sinopse do meu trabalho, desde as convicções que lhe serviram de ponto de partida até às conclusões a que me permitiu chegar. Demoro cerca de meia hora a dizer tudo - umas vezes de forma mais completa e rigorosa, outras de maneira mais distraída e superficial.
Parece-me que é um bom treino para ser capaz de o fazer de forma natural e fluida, quando chegar o dia e a hora de ser avaliada.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Provas marcadas

Simpaticamente, o orientador perguntou-me se preferia que a defesa fosse na última semana de Maio ou na primeira de Junho. Optei pela segunda hipótese. Uns dias depois recebi um e-mail dele a pedir que não marcasse nada para dia 5 à tarde, «depois lhe explico porquê».
Era óbvio. Mas hoje recebo finalmente a convocatória da Faculdade: será dia 5 às 15 horas. Viva!

terça-feira, 10 de março de 2015

Júri constituído


Recebo um e-mail do orientador, informando-me da constituição do júri. Nomes e respetivas funções académicas e profissionais.
Agradeço com um abraço e nada mais, depois de ter começado por comentar e de, logo a seguir, ter decidido apagar o comentário.
Então ele responde: «Só isso? Nenhum comentário?»

terça-feira, 3 de março de 2015

Fim do prazo


   Hoje é o dia.
   Ou melhor, hoje teria sido o dia: a data-limite para a entrega da tese.
Como a entreguei antes do prazo, na semana passada, o dia de hoje acabou por ser uma data inócua, irrelevante. Mas foram tantas as vezes em que me imaginei neste dia, quando ainda era uma data longíngua num futuro incerto, que agora me parece importante deixar aqui esta nota.
   Aquele dia após o qual já não poderia continuar a escrever a tese, aquela fatídica data na qual a tese teria de ser impreterivelmente entregue na faculdade, é hoje. E afinal não significa nada! Tanto melhor. Combina comigo, acabar as tarefas antes da data-limite. Ainda bem que consegui. E devo dizer que foi graças a duas circunstâncias: o nascimento do meu terceiro filho, que me permitiu gozar baixa médica durante a gravidez e depois licença de maternidade; e o facto de, no local de trabalho, me ter sido permitido trabalhar para a tese durante o horário não letivo. Obrigada, filho, obrigada, patrões!




quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Agora sim

E pronto, voltei à faculdade, para entregar o CD Rom.
Nele gravei 5 ficheiros em PDF: "declarações", "capa", "resumo a índice", "corpo da tese" e "bibliografia".
A folha que já tinha impressa há tempos, prontinha para colocar na caixa, desapareceu sem deixar rasto.
À pressa lá tive de fazer outra, só porque não consegui encontrar a primeira. Ainda pedi ao funcionário que ontem recebeu a tese para ver se por acaso não teria agrafado a folha, por engano, a um dos CV. Ele procurou, mas nada. Há de aparecer num sítio estúpido qualquer - só espero que não seja encadernada no meio de algum exemplar da tese.
So typical...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Tese entregue... ou quase


Lá fui, com os sete exemplares da tese, sete cópias do CV, a minuta com o pedido de prestação de provas preenchida e o cartão multibanco pronto para largar 150 euros, em números redondos. Sim: 107 euros para pedir as provas, mais custos administrativos e "seguro escolar". Quase dá vontade de rir... se não fosse uma despesa tão grande e injusta.
Entreguei as coisas, fiz o pagamento e... ups. Tive de responder "Ah! Esqueci-me..." quando o funcionário me perguntou se levava o CD Rom com uma versão digital da tese.
Não havia problema, podia voltar lá no dia seguinte para o entregar.
Ora bolas! Tive tanto tempo para me organizar e para reunir tudo antes de ir à faculdade e, mesmo assim, havia de me esquecer de alguma coisa. So typical...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Alívio

Ontem decidi escrever um e-mail ao meu orientador a explicar que não fui capaz de redigir um agradecimento sobre o seu contributo para o meu trabalho. Depois de muito hesitar, acabei por decidir não incluir essa página na tese e pronto. Isso não significa que não lhe esteja agradecida, significa apenas que não consegui escrever nada que me parecesse adequado. Foi mais ou menos isso que lhe expliquei, perguntando-lhe se ficava triste comigo.
Para meu alívio, ele respondeu (duas horas depois) dizendo que aprovava a minha decisão, que era da opinião de que aos orientadores não se agradece, que lhe parecia que o próprio Eco dizia isso mesmo no seu Como se faz uma tese. Eu também achava isso, mas confesso que, agora que oriento alunas de mestrado, ver o meu nome nos agradecimentos dos seus relatórios me agrada bastante e não me passaria pela cabeça pedir-lhes que o eliminassem porque "aos orientadores não se agradece". Provavelmente é por isto ser novidade para mim. Quando crescer, vou aprender a pôr de parte o egotismo e a partilhar da opinião do meu querido orientador e do Umberto Eco!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Não resisto


Não resisto a mostrar a alguns amigos um exemplar da tese encadernada. Ainda não foi defendida, mas está escrita. E isso já me permite sentir uma satisfação que não resisto a partilhar. Abro a caixa e tiro o de cima, com cuidado. Ãnh?! Está bonita, não está? - diz o sorriso orgulhoso escarrapachado na minha cara.


Mas calma... não quero que lhe mexam muito, não vão olhar fixamente para uma página e perguntar: «olha lá, isto aqui é mesmo assim ou está errado?»
Safa!...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Impresso e encadernado

Parece mentira... a tese está pronta, posso pegar em cada exemplar e folheá-lo, estão todos impressos. Faço-o muito a medo, por causa de todas as falhas que estou sujeita a encontrar. Não quero levar as mãos à cabeça e ter de começar novamente o processo de impressão e encadernação. Por isso, em vez de aproveitar a última oportunidade para verificar se há problemas que podem ser resolvidos antes de submeter a tese à apreciação do Júri, é melhor manter os "bichos" dentro da caixa e esperar que esteja tudo bem.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Despesas

Com uma caixa de resmas de papel A/4, dirigi-me à reprografia aqui da "casa" onde trabalho para encadernar a tese. O trabalho será feito noutro lado, mas só leva um dia. Decidiu-se como ficaria a lombada e perguntei qual seria o preço. À volta de 11,5 euros cada, mas sujeito a uma "atenção". A ver vamos. Agora vai ser altura de grandes despesas com esta brincadeira... só para entregar a tese e pedir a defesa terei de pagar 107 euros à faculdade!


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Overzealousness

Deu-me uma insegurança aguda nos últimos dias. Tudo me suscitava dúvida e receio: a forma como organizei a bibliografia, as normas de referenciação bibliográfica, o título e o subtítulo da tese, o que devia figurar na lombada, se a data deveria estar na horizontal ou na vertical, se deveria incluir, ou não, uma folha em branco no fim, enfim... tudo.
Partilhei algumas destas dúvidas com o orientador, que a certa altura só respondeu: please...
Quando me tentei justificar e pedi desculpa por estar sempre a maçá-lo, procurou tranquilizar-me, que não me preocupasse. Compreendia a minha ansiedade, mas a verdade é que certas dúvidas eram, de facto, «excessivamente desimportantes». Adorei a expressão!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Ingratidão... ou não?

Optei por suprimir a página (opcional) dos agradecimentos prevista no modelo da faculdade.
Sou, portanto, uma ingrata, pelo menos à luz de todos os que virem nessa ausência um sinal de ingratidão.
Quanto a mim, não sei. Havendo uma página para a dedicatória, que já pode ser usada para agradecer aos familiares e amigos que nos apoiaram, sinceramente parece-me que os agradecimentos não têm muita razão de ser. Julgo que se aplicam sobretudo às teses em que houve pessoas que ajudaram o investigador a recolher dados, etc. No meu caso, o trabalho foi essencialmente solitário, por isso só poderia agradecer ao orientador. E o orientador fez a sua obrigação, ou não?
É claro que eu apreciei e aprecio profundamente a forma como ele me orientou, é claro que o admiro imenso - mais, cheguei a dizer-lhe que escrevi a tese para ele. É o que sinto, realmente. Ele foi o meu leitor de eleição, foi para lhe agradar que me esforcei por escrever uma coisa de jeito. Para mim, sempre foi importante ter um destinatário em mente, quando escrevo. E ele é, obviamente, o destinatário ideal: a pessoa que poderia, quereria e saberia apreciar o meu trabalho. Se ele gostou, eu estou realizada. Não foi para o júri que escrevi, pois até hoje não faço ideia de quem serão essas pessoas.
Voltando à gratidão, o que sinto pelo meu orientador é muito mais intenso e muito mais complexo. É um fascínio que vem de há mais de vinte anos, quando foi meu professor, e que me levou a nutrir por ele uma verdadeira paixão platónica. É uma admiração enorme por tudo o que ele pensa, diz e escreve, é um profundo reconhecimento pela sorte que tive, ao seguir um caminho que se cruzou com o dele. Mas, atrevo-me a dizer, são sentimentos demasiado fortes e ao mesmo tempo demasiado "pirosos" para os deixar escarrapachados na quarta página da tese. Aqui também estão, claro, e mais públicos ainda. Mas aqui posso pôr todos os devaneios e pensamentos, mesmo os mais parvos, porque não tenho medo que alguém os leia - que ele os leia. Se ficarem na tese, corro o risco de ele me vir depois dizer que se sentiu embaraçado, ou que não era preciso. Por isso preferi dizer-lhe directamente: foi com muito prazer que escrevi esta tese para si. E ele é que me agradeceu.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Malditas tabulações

Depois de ter resolvido finalmente imprimir a tese toda, devia ter olhado para o primeiro exemplar com mais atenção. Arrisquei imprimir os outros seis porque presumi que estava tudo bem, mas depois verifiquei que, estranhamente, havia páginas em que as tabulações eram maiores do que o normal, outras em que era menores. Raios! Toca a imprimir os grupos de páginas a substituir x 7, e a incorporá-los nos exemplares da tese dispostos em cima da mesa da sala. Menos mal, se for só este o problema.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Pedido de mudança de título da tese


No dia 9, o orientador lembra-me que, caso o título da tese seja diferente do que ficou no registo da tese feito em 2011, tenho de fazer um requerimento a pedir autorização para a mudança. Não estava à espera, uma vez que o título foi indicado como sendo "provisório" - tanto no registo como no Relatório de Progresso do Trabalho da Tese. Entretanto, troco uns e-mails com ele sobre qual deverá ser, afinal, o título definitivo. Embora não seja o da minha preferência, o que ele sugere é o mais adequado. Seja.
No dia seguinte, o Secretariado dos Doutoramentos confirma que será necessário fazer o pedido e envia-me a minuta para o efeito, que podia ser entregue por e-mail. No dia 11, lá enviei a minuta preenchida, acompanhada do parecer favorável que o orientador fez o favor de me mandar. Agora resta-me aguardar a resposta, antes de imprimir a tese.... ou não?
Algo me diz que é arriscado ficar à espera de braços cruzados, quando o prazo de entrega da tese se aproxima a passos largos.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Preparativos finais

Correções e mais correções, coisas pequeninas, mas que fazem toda a diferença. Não quero imprimir a tese e encontrar logo duas ou três gralhas. E a formatação? Acontecem coisas incríveis, como abrir o ficheiro e descobrir dois parágrafos que, inexplicavelmente, passaram a estar em itálico! Raios...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Nota prévia


Escrevi quatro páginas que fazem uma espécie de balanço da situação, desde que pensei pela primeira vez em escrever a tese até hoje. Procuro explicar de onde partiu a ideia inicial e o que aprendi desde então. Parece-me que está bem e que faz sentido incluir esta pré-introdução na versão final a entregar. Mas o orientador é que manda... vou enviar-lha agora mesmo.

...

E eis que  o orientador responde, 4 MINUTOS DEPOIS, dizendo que está muito bem! E leu mesmo, porque fez duas observações sobre o conteúdo, sugerindo pequenas alterações :)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Tese aprovada pelo orientador!

O meu estimado orientador não só viu e aprovou a conclusão no mesmo dia em que lha enviei (escrevendo-me ontem um e-mail ao fim da tarde, que eu só vi à noite, antes de me deitar), como diz que lhe parece que a tese que escrevi é «muito importante» e «vai dar muita discussão durante muitos anos», finalizando o e-mail com «Parabéns!»
Claro que fiquei tão feliz e orgulhosa, que até dormi mal, a pensar naquilo. Quando acordei, parecia-me que tinha sido um sonho...
Só espero que a tal "discussão" que eu irei provocar não seja demasiado agressiva nem demasiado demorada no dia da DEFESA!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Conclusão concluída

Resolvi, afinal de contas, chamar-lhe conclusão. E acabei-a de repente, sem mais. Só tem 9 páginas, mas não vejo o que poderá faltar. E a verdade é que, após 215 páginas de "baralha e volta a dar", já estou cansada do assunto!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Prosseguido e concluindo


E eis que a conclusão está com 8 páginas, porque hoje tive tempo e inspiração (com uma corrida à farmácia pelo meio, para comprar supositórios para bebé doente na creche aqui ao lado)!

Contradições

Resolvi perguntar ao secretariado dos doutoramentos quantos exemplares da tese é que devo entregar e eis que me enviam parte do texto de umas normas que é diferente do que eu consultei na intranet da faculdade! Dizem que tenho de imprimir 7 exemplares... em que ficamos?
Abstive-me de os confrontar com a disparidade de informações. Faço o que dizem e pronto, sempre é melhor a mais do que a menos. Se não os quiserem, ofereço os dois que sobrarem.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Pormenores


Já consultei as normas da faculdade e tenho de entregar 5 exemplares impressos da tese, mais um em CD.
Agora o pior é confirmar que as referências bibliográficas estão bem feitas e que a bibliografia tem todos os autores e títulos citados. Parte chata e demorada, mas pelo menos a tese já está feita. Até parece mentira...

Último capítulo aprovado!

Finalmente recebi resposta do orientador sobre o capítulo que faltava! Diz que «continua muito bem e acaba muito bem». Não quer reler a tese toda, nem vê-la antes de eu a entregar. Só lhe falta, claro, ler a conclusão.

Por mim, sinto que a Introdução precisa de uma boa revisão e que muito do que ficou por ler salta à vista de quem for minimamente entendido no assunto. Não estou assim tão confiante quanto a mensagem dele me poderia fazer sentir.


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Só falta um mês e meio!


Pois é... a brincar, a brincar, só falta um mês e meio para ter de entregar a tese.
E o orientador não diz nada sobre o último capítulo, que lhe enviei há 15 dias!...
Não sei o que pensar deste silêncio, mas não me deixa nada tranquila. Da última vez ele demorou 10 dias a ler e a responder. Será que falta muito para receber notícias?
Entretanto, comecei a conclusão, mas descobri que ainda me falta ler muita coisa - inclusive um livro que lhe perguntei se me emprestaria, caso o tivesse. Disse que sim, caso o tivesse. Mas nunca mais disse se o tinha ou não...
Detesto este impasse!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

esmagamento inconsequente

Hoje sinto-me (mais uma vez) esmagada por tudo o que ainda não li.
De vez em quando acontece... com intermitências de maior tranquilidade ou esquecimento temporário relativamente a essa terrível constatação. Mas não é grave - ou melhor, sendo grave, não merece assim tanta reflexão. É um aspecto incontornável da minha condição de investigadora, tal como a morte é um aspecto incontornável da minha condição de ser vivo.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Re-inspiração


Inspiro novamente e... escrevo a primeira página da conclusão.

Continuo entusiasmada, nem me apetece chegar ao fim. «Quando acabares, vais sentir um vazio, não?» - perguntava ontem um amigo. Claro que vou! Nem quero pensar nisso. E respondi: «imenso, imenso......»

E o orientador que não confirma a recepção do último capítulo? Da última vez que demorou muito a responder, descobri depois que tinha enviado a mensagem para um endereço que ele já não usava. Mas desta vez usei o e-mail certo. Estará de férias? Enquanto não tiver uma resposta não consigo ficar tranquila. Resta-me re-inspirar e aguardar.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Mais um artigo a publicar!

Há cerca de seis meses enviei um artigo para esta revista e, como nunca confirmaram, sequer, a sua recepção, presumi que era assunto para esquecer. Tinha gosto em publicá-lo, porque me deu bastante trabalho escrevê-lo (para um dos seminários do doutoramento) e, afinal, mereceu a classificação de 18 valores... parecia-me um desperdício deixá-lo guardado, quando pode servir para acrescentar uma linha ao currículo. Mas não fiquei muito desiludida porque me pareceu que podia tentar outras revistas.
Não é que hoje recebo uma mensagem de e-mail com a informação de que foi aceite para ser publicado no próximo número?! Trazia dois pareceres em anexo, um mais lacónico e elogioso, outro mais crítico e acompanhado de sugestões de melhoria. Levantei-me e dei alguns pulos de alegria, bati palmas e voltei a sentar-me, entusiasmada, para rever e alterar o texto. Quando o reli, as observações do avaliador pareceram-me muito justas e senti até uma certa vergonha por ter enviado o artigo com as falhas que agora me saltam à vista. Mas ao mesmo tempo fiquei feliz: ver com tanta clareza os defeitos do texto que escrevi há quatro anos faz-me sentir mais madura, mais segura, em relação ao que tenho escrito ultimamente.

Último capítulo escrito!


Hip, hip, hurraaaaaaaaa!

Texto acabado, revisto, melhorado e enviado hoje ao orientador.

Agora só falta a conclusão. Ou as conclusões. Ou considerações finais. Titre à préciser.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Paz

Depois de um interregno forçado, em que aulas e orientações de alunas me ocuparam os dias destinados à tese, cá estou novamente em paz, a ver se acabo este capítulo. Benditas férias de Natal e bendita obrigatoriedade de vir cumprir o horário de trabalho! Pena não poder vir também no dia 26 de dezembro...

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

200 :-D

E não é que cheguei mesmo?!
É apenas simbólico este marco das 200 páginas que atingi hoje... mas o simbólico já é tanto!
Com esta cereja no topo do bolo, já nem preciso de bolo.

O melhor presente

No dia do meu aniversário, o melhor presente que eu poderia receber é mesmo este: poder ficar horas assim, em sossego, a escrever a tese. Com boas ideias, claro! :)
(A cereja em cima do bolo seria chegar hoje ao marco das 200 páginas!)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Sol e sombra

Tudo (quase tudo...) se consegue com empenho e boa vontade. Estabeleci um horário de atendimento às alunas que me permitisse salvaguardar dois dias inteiros para a tese. Hoje é um deles e estou entusiasmadíssima, com ideias a saltarem-me dos dedos para o teclado e do teclado para o monitor, enquanto o Sol brilha lá fora, como se me quisesse ajudar a ver melhor. Há suporte teórico, há imaginação, há tempo. A única nuvem que ensombra o meu trabalho (neste momento) é a noção de que, lendo tão pouco como eu leio, é possível que as minhas ideias "originais" já tenham sido divulgadas por outras pessoas...

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Deixem o meu tempo em paz!

Infelizmente, não tenho podido escrever quase nada, desde o meu último assomo de entusiasmo.
Agora só me faltava ter quatro alunas de mestrado para orientar! Além das aulas, dos filhos e da casa, tenho assim mais um encargo para me dispersar... e logo agora, que estava tão contente e concentrada na escrita... e quase a chegar à página 200! Pelos vistos, ainda vai demorar. Ora bolas.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Xitex

"Xitex" é a palavra que uso com as minhas amigas para definir o estado de espírito em que estamos quando nos sentimos entusiasmadas, excitadas, alegres e bem dispostas, normalmente na antecipação de um momento de convívio - tanto mais apreciado quanto mais raros esses momentos vão sendo, nos dias atarefados que vivemos agora.
Ora, xitex é o que sinto enquanto estou aqui sentada à secretária, entre diversos artigos científicos e com o capítulo da tese aberto no ecrã do computador. A cabeça fervilha com ideias, a informação que os artigos me oferecem parece-me toda útil e interessante, a ansiedade de não conseguir ler tudo a tempo é suplantada pela alegre certeza de que tudo o que ler contribuirá para melhorar a minha tese.
Que bom!

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Quase

As distracções em casa são muitas (what's new?) e o trabalho avança a um ritmo tão lento que praticamente não se nota. Mas a verdade é que, devagar, devagarinho, estou quase a chegar à página 200 :))

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Mini-férias forçadas

De baixa por motivo de filho doente, podia aproveitar esta semana para trabalhar bastante na tese, se ele dormisse mais... mas dorme pouco!
Ainda assim, vou escrevendo qualquer coisa sempre que posso, cheia de entusiasmo. Esta parte está a dar-me imenso gozo: estou a aprender muito, o que é excelente, mas também estou a descobrir que a minha intuição estava certa, à medida que leio coisas que confirmam as minhas ideias.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Engrenei


Pronto, já está. Liguei o motor, meti primeira, depois segunda e... o terceiro capítulo da terceira parte está em andamento!
Au revoir!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Pausa prejudicial

Pronto, já deixei passar tempo a mais sem escrever nem ler para a tese. Agora está-me a custa reengrenar, cada vez que tenho alguma oportunidade para me dedicar ao último capítulo, invento uma desculpa qualquer para adiar o recomeço do trabalho... isto é tão estúpido!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Orgulho

Fui à faculdade, a pedido do orientador, participar numa reunião com os avaliadores da FCT para obter financiamento do centro de investigação. No corredor, ele elogiou a minha tese perante outras pessoas e manifestou-se orgulhoso pelo seu conteúdo. Fiquei imensamente feliz e, quase incrédula, corrigi-o: orgulhosa estou eu! Que razões tem ele para estar orgulhoso? O que é o orgulho, afinal, e o que tem que ver com esta sensação de estar a produzir um bom trabalho? De certo modo, a ideia de orgulho causa-me desconforto, porque a associo automaticamente à presunção. Mas não interessa muito. O mais importante é que ele está muito satisfeito com o progresso da minha tese e eu felicíssima com as duas coisas: com o estado da tese e com a satisfação dele. Porque, no fundo, também escrevo para lhe agradar.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

:-D


Hoje, mesmo que o dia me corra mal, mesmo que me sinta um fracasso depois de dar aula a um bando de alunos desinteressados, vou continuar feliz e satisfeita com a minha vida. O orientador escreveu-me a dizer que o capítulo que lhe enviei está muito bem, que os meus argumentos estão mais do que apresentados e que não percebe o que falta na minha tese. Hoorrraaaaaayyyyy!!!

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Suspensão


As obrigações lectivas estão a dar-me cabo do tempo. Passo-o todo a dar ou a preparar aulas, coisa que antes me agradava e agora me atormenta. So queria poder voltar à paz da época não lectiva!...
Ainda assim, consegui finalmente rever e melhorar o capítulo que tinha em mãos e enviá-lo (hoje) ao orientador. Agora, durante alguns dias, a tese entra em modo de suspensão, enquanto ele não responde a dizer se está mau, assim-assim ou bom. Claro que, se ele demorar a responder e eu tiver a oportunidade, vou continuar a trabalhar no capítulo seguinte. Mas ele não costuma demorar a ler e eu prefiro esperar para ganhar ânimo - ou para voltar atrás e refazer o que fiz, antes de andar para a frente.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

De volta, às voltas

Após uma inesquecível experiência de "soltura" Erasmus, cá estou a fazer um esforço por rever e melhorar este capítulo, para o poder enviar ao orientador. Esforço ocular, por causa desta malvada conjuntivite que me leva as pálpebras a fecharem-se, e esforço mental, porque o final estava um tanto apressado e há coisas que ficaram por dizer. Não está fácil encaixar o que falta no que já existia e aperfeiçoar as partes menos claras, eliminando repetições. Vai-se fazendo. Com calma, que o tempo não é assim tão escasso, ainda que o prazo ideal tenha sido ultrapassado.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Mais um capítulo terminado... ou não?

Curiosamente, as 30 páginas que tenho hoje são diferentes das que tinha ontem. Revistas e alteradas, estão agora impressas para uma leitura atenta, antes do envio ao orientador. Julgo que este capítulo está terminado, mas posso estar enganada... algo me diz que podia ter 60 páginas em vez de 30, mas outro "algo" diz que está bem assim.
Como estou atrapalhada com uma viagem até Oviedo, onde farei uma comunicação sobre o tema da tese na Facultad del Profesorado y Educación, o melhor é guardar essa leitura para quando voltar... agora sinto a cabeça demasiado cheia e as ideias dispersam-se facilmente.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A metro e a trote


Já cheguei às 30 páginas, que era a extensão mínima desejada para este capítulo. Isto significa que já posso respirar fundo, embora tenha alguma pressa de acabar. O prazo é o final deste mês, mas a verdade é que, apesar de ter o "tamanho" certo, o capítulo me parece ainda longe de estar terminado, em termos de conteúdo. E o pior é que não consigo determinar exactamente o que é que lhe falta...

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A passo de caracol


Hoje estou a escrever a um ritmo tão lento que nem se nota o avanço. Gostava de poder sentir que aproveitei melhor o tempo neste meu último dia sem aulas...
Ainda assim, o que mais importa é a qualidade. Estas míseras linhas podem ser as melhores do capítulo!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Como cão com um osso


Nos últimos dois dias não pude escrever quase nada, mas ainda assim vou avançando e o capítulo vai ganhando consistência. O arranque do ano lectivo começa a fazer mossa no meu trabalho para a tese, mas não estou disposta a deixar que se interponha demasiado entre mim e a escrita. Estou envolvida de mais para me deixar intimidar... como um cão dócil que mostra o dente a quem quer de repente tirar-lhe um osso!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Penless

Hoje esqueci-me da pen em casa, mas nem por isso o trabalho está a correr mal. Felizmente, tinha gravado na sexta-feira uma cópia do ficheiro no computador do gabinete, por isso peguei nela para continuar a escrever.
O resultado são duas páginas que posso dizer que são mesmo minhas, espremidas a partir de uma actividade intelectual intensa. O que escrevi até pode ser incipiente, mas a actividade foi intensa na mesma!

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Fazendo o caminho

E eis que a aventura pela floresta continua, com ou sem picada. Afinal, se o território é novo, não se pode esperar que já tenha sido pisado. O que é preciso é continuar. Se o caminho não existe, cria-se.
Vou na página 172, a vigésima segunda deste capítulo.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Picada interrompida


Isto hoje não está propriamente embrulhado, porque já fui desembrulhando. Mas está num ponto a partir do qual o caminho parece inexistente, como uma picada que termina subitamente no meio da floresta. É preciso continuar, o problema é... por onde?

Imersão

Imagem de mim própria às 14h.29m.:
falta um minuto para a reunião do CTC e eu estou de escova de dentes na boca, em pé junto à secretária, sem conseguir parar de teclar entusiasmadamente, porque quero escrever mais umas ideias, antes de fechar o ficheiro da tese.
Estado em que me encontro durante a noite:
sempre que acordo (e acordo muitas vezes), começo a escrever a tese na minha cabeça. Ocorrem-me ideias novas, frases para completar ou esclarecer as que já lá estão, referências para incluir, passagens de livros a citar. Felizmente, nestes últimos dias tenho conseguido chegar ao trabalho e escrever aquilo que me ocorreu durante a noite, coisa que antes não conseguia fazer, porque me esquecia das ideias antes de conseguir tentar escrevê-las.
Sinto-me completamente imersa na tese. É para lá que os meus pensamentos vão, sempre que podem.




quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Fim do tempo


Muitas vezes - quase sempre - o tempo que o dia-a-dia me concede para escrever a tese acaba antes de eu ser capaz de terminar o que me propus fazer, antes de eu conseguir pôr um ponto final num lugar da escrita onde a interrupção seja menos lesiva e onde seja relativamente fácil retomar o fio à meada no dia seguinte.

Isto hoje ficou embrulhado. Paciência. Amanhã desembrulho.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

De vento em popa

Contra as minhas expectativas, baseadas na forma como as coisas correram ontem, atrevo-me a dizer que isto agora vai de vento em popa. A leitura que estou a fazer de momento é muito inspiradora (sim, ainda estou a fazer leituras novas!) e vai-me permitindo escrever ao mesmo tempo, o que torna o trabalho duplamente produtivo. Que mais poderia eu desejar?

terça-feira, 2 de setembro de 2014

De volta...?

De volta à minha secretária, num gabinete tranquilo, onde no entanto também me espera trabalho "pesado" nada relacionado com a tese, procuro reencontrar o ritmo de leitura e escrita que abandonei quando entrei de férias.
Não está fácil... a minha cabeça está ocupada com pensamentos dispersos que dificultam a concentração na leitura e tornam a escrita impossível. Isto vai demorar uns dias.


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Ansiedade

Não fiz nadinha, apesar de ter levado alguns dossiers e livros para casa, no último dia em que estive no gabinete, antes das férias. As intenções eram boas, mas irrealistas.
Finalmente, o terrível mês da interrupção forçada chegou ao fim. Mal posso esperar por voltar ao emprego amanhã, onde posso dedicar-me de novo à tese durante todo o dia, ou quase. Estou cheia de saudades!

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Desdramatizando

Bom, o dia vai longo e ainda não acabei, pois por sorte hoje fico mais tempo no gabinete. Já consegui evoluir ligeiramente e estou a sair aos poucos do impasse em que me encontrava, o que é excelente porque já me oferece uma luzinha para poder continuar a escrever durante as férias...

Impasse

Agora é que estou mesmo bloqueada.
Há muito por dizer, mas não consigo organizar as ideias.
Amanhã entro de férias e ficarei um mês sem vir para aqui, o que significa que é pouco provável que tenha condições para continuar a escrever a tese, embora faça tenção de tentar. O problema é que, se isto fica hoje em modo de bloqueio, ainda será mais difícil prosseguir durante as férias.
A ver vamos.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Espremendo

Mensagem incentivadora do orientador, confirmando que as alterações que fiz ao capítulo anterior, em função dos seus comentários, estão aprovadas.
O trabalho de hoje foi rever, alterar e espremer o que estava escrito no actual capítulo, para fazer escorrer o sumo e eliminar o que não prestava.
Agora sim, poderei arrancar de novo, a partir da página 11, que é a 160 da tese.


sexta-feira, 25 de julho de 2014

Revendo

Recebo de volta o capítulo com comentários e sugestões de melhoramento. Está quase tudo bem, mas as primeiras páginas têm de ser revistas e alteradas, pois há afirmações que confundem os argumentos e voltam a instaurar a dúvida onde já havia (relativa) certeza. «Pense no assunto...» - é o seu conselho final.
A minha tendência é atacar a revisão e fazê-la numa ou duas horas, ignorando a importância daquelas palavras. Mas apercebo-me do erro a tempo e faço um esforço por reflectir mesmo, com vagar, sem a habitual pressa estúpida que me leva a correr para uma meta que afinal importa menos do que o percurso.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Desembrulhando


Eis que começo a desembrulhar o texto e ele já vai com 10 páginas!
Não há nada como ter tempo e sossego para reflectir.
Bem-dita avó, que me ficou com as crianças hoje... se tivessem vindo comigo, nada disto estaria a acontecer!

terça-feira, 22 de julho de 2014

Disforia


Voltei à fase da confusão, como era de esperar.
Depois da euforia, a disforia.
Mas não há como escapar a isto quando inicio um novo capítulo: as ideias vão surgindo em desordem e jogam mal entre si. À medida que as vou verbalizando, sucedem-se com espaços vazios pelo meio, linhas com pontos de interrogação que assinalam a falta de um fio condutor que permita unir tudo de forma coerente.
É um processo lento e quase desesperante.
Mas é uma fase que passa, por esta altura já sei.

sábado, 19 de julho de 2014

Mais um = menos um

Sexta-feira à noite (quase sábado). Envio um e-mail ao orientador com o capítulo acabado há dias em anexo, para apreciação. Done.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

O marco das 150

Cheguei à página 150.
Mais um marco que me apeteceu assinalar, embora não seja nada por aí além.
(O que vale é que estou a escrever uma tese económica, segundo o meu orientador...)

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Ainda bem que sinto


Acabo de (re)ver um pedacinho ínfimo do final deste filme e não consigo - nem tento - evitar que as lágrimas me escapem dos olhos, emocionadas.
Percebo que, por mais saturada que esteja do tema da tese e desta minha deambulação demorada à volta do mesmo livro, há uma excelente força que me prende a isto, por mais saturante que se torne: a força do que sinto.
Ainda bem que o sinto.
Que bom saber que ainda consigo ser tomada de emoção e chorar assim, porque me comovo ainda - e comoverei sempre, gosto de pensar - com as palavras deste homem.



:))

Mal caibo em mim de felicidade!
Acabei finalmente este capítulo (que chegou às 30 páginas) e estou muito satisfeita com o meu trabalho - mesmo que não tenha ainda sido lido e aprovado pelo orientador. Cumpri mais uma etapa da tese, estou a progredir a olhos vistos. E sinto uma alegria imensa, porque tenho as condições e sinto a capacidade para continuar a bom ritmo. Acima de tudo, isto está a dar-me imenso prazer. É fantástico!

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Turvação

Hoje esqueci-me de trazer os óculos e a falta que eles me fazem tolhe-me o pensamento. Leio e escrevo com dificuldade, o que me turva as ideias e impede de prosseguir no mesmo bom ritmo a que trabalhei ontem. Nota mental: arrumar SEMPRE os óculos na mala onde tenho a carteira e as chaves, para que não voltem a ficar em casa...

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Slowly but surely

Isto vai.
A alergia passou completamente e a coisa avança a passo seguro, ainda que lento.
O capítulo em si entrou agora nas 22 páginas - na tese, vou na p. 141.
Eu consigo!


terça-feira, 8 de julho de 2014

Alergia


Acho que desenvolvi uma certa alergia a este capítulo que está parado. Não consigo abri-lo sem me sentir fraca e tonta.
Mantenho-o à distância e vou lendo.
Pode ser que passe sem demorar demasiado e sem deixar mazelas.



quarta-feira, 2 de julho de 2014

Dia mau

Isto hoje está a correr francamente mal, devo dizer.
O que escrevo é coxo, mal-amanhado, trôpego, pobre.
Mais vale não escrever nada, claro.
Sim, o melhor é parar.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Pausa forçada

Há uns meses era o início do ano lectivo que me distraía, agora é o final. O semestre arrasta-se e os assuntos académicos entram pelo mês de Julho, em vez de me deixarem em paz de uma vez por todas.
O capítulo que estou a escrever estagnou. Iniciei uma leitura interessante, mas tive de a interromper e agora a engrenagem está perra. Nem leio nem escrevo, a tese está em stand-by.
O prazo que tinha estipulado para entregar esta parte já se foi. O orientador não se queixa, mas isso ainda é pior. Estou por minha conta e não me posso atrasar.



terça-feira, 17 de junho de 2014

A bom ritmo

Este capítulo já conta com 16 páginas, pelo que é exequível o prazo que estipulei para a sua entrega - o fim deste mês. Espero que tenha pelo menos 20, mas talvez até venha a ter mais, o que será um excelente sinal. O que sinto: confiança e optimismo qb, temperados com a necessária humildade e a devida cautela, sempre de sobreaviso relativamente a afirmações discutíveis, abordagens superficiais e falta de referências que fundamentem as minhas ideias supostamente originais.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Olhos em bico

Hoje é dia de acrescentar e baralhar, isto está uma confusão cada vez maior. Ainda por cima esqueci-me dos óculos em casa, por isso é garantido que vou chegar ao fim do dia com os olhos trocados!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Ponte para continuar a trabalhar


Vim trabalhar e o instituto estava fechado, porque amanhã é feriado... mas cá fiquei.
(Arranjaram uma boa estratégia para combater a extinção de feriados: aumentar o número de "pontes" entre feriados e fins de semana! Eu cá detesto uns e outros, quero é que me deixem trabalhar).
Já classifiquei testes e trabalhos e agora posso voltar à tese. O sossego é total e não há, como em casa, tarefas domésticas a chamar por mim. Se pudesse, viria também amanhã!





quarta-feira, 4 de junho de 2014

Início


Isto hoje está embrulhado, mas nem outra coisa seria de esperar, visto que o capítulo está apenas a dar os primeiros passos, ainda incertos, num caminho que será longo e progressivamente mais seguro.
É apenas o início e o importante é que estou com vontade de prosseguir. O resto vai-se definindo, deslindando, desenvolvendo naturalmente.


terça-feira, 3 de junho de 2014

Tempo


Não vale a pena começar a trabalhar na tese quando não se tem muito tempo para escrever.

Será? Depende. Quando estamos inspirados, qualquer pedacinho de tempo pode ser produtivo!

Preenchimento


Viva!! Nova mensagem do orientador devolvendo-me o ficheiro com o último capítulo que lhe enviei com o seguinte comentário: «aqui vai, quase sem anotações. Está a progredir lindamente!»

Se me perguntasse "o que é que te preenche?", eu responderia: "entre outras coisas, sem dúvida, ISTO!"


sexta-feira, 30 de maio de 2014

Vazio

E agora?
O orientador não respondeu, talvez ainda esteja fora do país e nem tenha visto que lhe enviei outro capítulo para ler.
Resta-me a segunda parte da tese, uma quase incógnita. Três ficheiros inexistentes à espera que me chegue a inspiração. Três capítulos para inventar praticamente do nada. Um grande vazio por preencher. E o relógio a fazer a sua implacável contagem decrescente, silenciosamente.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Magia

Estava eu a pensar que o mais sensato era esquecer o prazo e continuar a escrever o capítulo tranquilamente, quando eis que de repente... ele chega ao fim.
Sim, o capítulo chegou ao fim. Como se tivesse sido ele próprio a escrever-se e a decidir o seu ponto terminal.
Sei que parece impulsivo, emocional e pouco rigoroso. Mas foi assim. E sinto que resultou. Tem 30 páginas e acho que, por incrível que pareça, acaba exactamente como deve ser.
Fiz a revisão em papel, alterei o que era preciso e enviei-o para o orientador.
O que eventualmente falta dizer fica para a segunda parte da tese. Afinal, alguma coisa tinha de sobrar para lá pôr!

terça-feira, 27 de maio de 2014

Dilema

Supreendentemente, cheguei à página 30 deste capítulo e ainda me parece que há muito por dizer!

Agora, ou acabo isto à pressa, para cumprir o prazo de entrega que eu mesma estabeleci, ou continuo a desenvolver o assunto e prolongo a redacção pelo mês de Junho. O que fazer?


sexta-feira, 23 de maio de 2014

O mau que é bom


Já se tornou claro que, apesar de estar inspirada e a escrever a bom ritmo, vai ser difícil terminar este capítulo antes do fim do mês. Já tenho 26 páginas escritas (quando pensava que o total iam ser umas 25), mas ainda há muito por dizer.
Isto é essencialmente bom, certo?!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Puffff....


Hoje é claramente dia de embrulhar isto tudo, que me parece cada vez mais confuso.
Espero que amanhã seja dia de desembrulhar...
O problema é que hoje estou sozinha no gabinete e amanhã tenho companhia, o que torna muito mais difícil a concentração - se não mesmo impossível.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Ghost writing

Como é possível eu já ter 20 páginas escritas neste capítulo?
Será que ele se escreve sozinho quando não estou a ver?!

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Intermitências da vida


Mesmo quando estou inspirada e envolvida na escrita, parece que me falta alento se não interagir com alguém de vez em quando.
E-mails e conversas no chat distraem-me e desconcentram-me, pondo desnecessariamente em risco um trabalho que poderia ser mais produtivo, caso eu me desligasse da Internet?
Talvez. Mas há qualquer coisa em mim que precisa de um bocadinho de desconcentração de vez em quando, breves intermitências relaxantes que, pelo que posso avaliar até aqui, se não são inteiramente benéficas, também não são completamente prejudiciais.


terça-feira, 6 de maio de 2014

SITREP


Capítulo revisto, salvo num ou noutro pormenor que terei de tratar mais tarde.
Novos artigos interessantes encontrados - estou a lê-los agora.
Capítulo 3 da primeira parte em escrita - e já a ser alvo de revisões e aperfeiçoamentos, em função dos comentários do orientador ao capítulo anterior.
Entusiasmo e alguma ansiedade: estou desejosa de acabar este, para lho enviar. Estipulo um prazo: o fim deste mês.





segunda-feira, 5 de maio de 2014

Feedback recebido

A bola voltou para o meu lado: o orientador leu e comentou o capítulo que lhe enviei há duas semanas e gostou do geral, mas recomenda revisão e algumas alterações. Mergulho nisso com gosto e entusiasmo, como ontem mergulhei no mar frio e revolto da Praia Grande!

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Página 100

Cheguei.
Pequena festa:
Viva...


Contra, por impulso

Tentei escrever a favor do autor que estou a reler para o mencionar na tese (até porque ele poderá ser um dos arguentes na defesa!), mas eis que começo a encontrar lacunas e defeitos no seu texto e dou por mim à procura de argumentos para escrever contra...
Afinal, o impulso contra é que se torna produtivo, quando é imperioso acrescentar algo ao que já existe, para justificar a escrita de uma (nova) tese.


Contra-relógio


 Estava eu tão bem com o meu prazo de 4 de março de 2015...
Eis que recebo uma nota interna da instituição onde trabalho informando que os docentes inscritos em cursos de doutoramento há mais de 3 anos (é o meu caso), terão de entregar a tese até ao dia 31 de dezembro deste ano, caso contrário «serão desencadeados os processos de substituição dos docentes».

Portanto, se eu já sentia estar a escrever a metro, agora passo a sentir que estou a escrever a metro e a contra-relógio!




terça-feira, 29 de abril de 2014

Há dias assim


Hoje não há meio de retomar a escrita. Acho que o texto está uma m..... e não vejo ponta por onde lhe pegar. Tudo indica que este será um dia improdutivo.

Mas não estou nada preocupada, porque sei que há dias assim e que esta sensação será em breve substituída por outra muito mais positiva.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Quase a meio

Hoje não tive oportunidade de trabalhar quase nada, mas já consegui chegar à página 97. Quando atingir a centésima, faço uma pequena festa!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Ponto de situação

Dizem as normas regulamentares do curso de doutoramento da faculdade:

«A tese de doutoramento tem a extensão de entre 150 e 350 páginas»

Já tinha lido isto, mas há muito tempo. E hoje fui à procura deste intervalo para saber com quantas linhas me devo coser. Respirei de alívio, pois tenho tendência para me deixar dominar pela sensação de que estou a escrever "a metro". E ontem pela primeira vez, numerei as páginas daquilo que já tenho, combinando os vários capítulos. O número a que cheguei é muito razoável: 93.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Boi para palácio


Às vezes é preciso ficar de olhar fixo no texto em construção, aparentemente como boi a olhar para um palácio.
Aparentemente, apenas.
Porque cá dentro há pensamento. E a certa altura, mais tarde ou mais cedo, acontece uma qualquer sinapse que me permite retomar a escrita.





segunda-feira, 21 de abril de 2014

Zzzzzzzzzzzz

Depois das férias... o cansaço.
Dias bem passados e noites mal dormidas geraram sono acumulado que agora me baixa as pálpebras no sossego do gabinete, ao som da soft music que toca hoje na Rádio Pianoforte.
Vai ser difícil reengrenar!

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Férias, para que vos quero?


Sabe bem quando trabalhar na tese sabe bem. Sentir que estou a fazer isto sobretudo por gosto, mais do que por obrigação ou necessidade.
É pena que as férias da Páscoa me venham interromper o fluxo da escrita. Mas vai-me fazer bem desviar os olhos do computador e respirar o ar (relativamente) puro do campo!

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Moving on


É tempo de (re)começar a escrever o terceiro capítulo da primeira parte, que já existe em esboço, com um início supostamente aproveitável, mas sobretudo muitas ideias soltas atiradas lá para dentro.

Pensando bem, o início não se aproveita. Portanto, a primeira coisa a fazer é apagar o que escrevi antes sem remorsos. À luz de hoje, não presta. E é bom ser capaz de perceber isso.


terça-feira, 15 de abril de 2014

Poing!



Atingi o meu ponto de saturação com este (sub)capítulo. Está feito. E tinha de estar: era suposto (de acordo com o prazo que eu própria me impus) tê-lo acabado até ao final do mês de Fevereiro e estamos a meio de Abril!

Escrevi um e-mail ao meu orientador e anexei-o à mensagem.
Qual bola de ténis, passou para o lado de lá da rede.

Vou aguardar, embora sem relaxar - não porque os nervos estão à flor da pele, mas porque relaxar significa abandonar o jogo. E este jogo continua, mas como é mais complexo, tem várias bolas em movimento. Por isso aguardo em acção, preparando nova bola para lançamento!





Conquista

Às vezes, algo aparentemente tão simples como conseguir acabar uma frase pode ser saboreado como uma verdadeira conquista!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Leitura e escrita

Mas já passaste da fase da leitura à da escrita, não? - perguntam-me algumas pessoas. Nunca se passa da fase da leitura, no meu entender. Se há tanto para ler, que será sempre impossível ler tudo, o meu lema é ler até ao fim, para ler o máximo possível. É claro que as leituras concomitantes com a escrita têm o senão de pôr muitas vezes em causa o que já estava assente e explanado. Mas esse senão pode converter-se numa vantagem, ainda que me faça voltar atrás e reformular o que escrevi, porque me permite melhorar o que está feito.
Embrulhar e desembrulhar... parece desorganizado para a escrita de uma tese de doutoramento, mas é o meu método. Cada vez que desembrulho, parece-me que o resultado é melhor, com menos palha e mais sumo.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Cá estou

Não tem sido fácil arranjar o tempo e a paz necessários para me dedicar à leitura e à escrita da tese. Mas hoje consegui retomar o trabalho e eis que me senti bem, profundamente bem, como se fazer isto me levasse a reencontrar-me e restituísse o meu valor intelectual perante mim própria.


sexta-feira, 7 de março de 2014

Regresso ao emprego


De volta ao gabinete, as condições de trabalho até nem são más para me dedicar à tese (já não tenho outras funções, além da docência; há sossego na maior parte do tempo; tenho um computador "rápido"), mas o início do semestre é sempre ocupado com a preparação das aulas, reuniões e afazeres diversos, que me impedem de ficar sentada a ler e a escrever tranquilamente. Espero que estes primeiros dias passem e entretanto vou lendo o que posso... alguma coisa há-de ficar nesta cabeça tonta!



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

"Encarar de frente"

Este é um dos pleonasmos de que nunca me lembro, quando quero dar exemplos de pleonasmos.
E agora ocorreu-me, ao pensar no meu trabalho de hoje para a tese: estava com medo de enfrentar o "bicho", porque achava que não ia saber por onde lhe pegar, mas não há nada como colocarmo-nos à frente da coisa, ou pôr a coisa à nossa frente, e ver o que acontece. Assim que comecei, engrenei e cá estou a trabalhar a todo o vapor, sem querer parar. Posso não estar a avançar muito, mas estou a avançar alguma coisa e isso já importa muito.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Partes chatas

Há partes da tese que não apetece nada escrever. São descritivas, chatas, não trazem nada de novo. Mas se não existirem, parece que me esqueci daqueles aspectos importantes a ter em conta. Por mais que já se saiba o que nelas se diz, e por pequenas que sejam, fazem falta, não há volta a dar-lhes.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Confusão necessária

Estou na fase de "embrulhar o texto" - é irremediável.
Parece que, para atingir um certo grau de complexidade (pela positiva, associada à sofisticação), é preciso ir debitando ideias em catadupa para o documento, que vai fica cada vez mais pesado e confuso, cheio de pensamentos cruzados que depois têm de ser pacientemente desembaraçados uns dos outros e cuidadosamente explicados, um de cada vez.
Se não os atirar todos ao molho para o ficheiro, corro o risco de nunca mais os ver. Por isso, é melhor assim.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Os primeiros comentários à margem

Gostei de ler os comentários e sugestões que o meu orientador fez no ficheiro que lhe enviei. Fiz alterações em conformidade e guardei a versão actualizada. Boa! Mais um para a colecção...

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

!

Leu e diz que está muito bom. Envia com comentários e sugestões, que fico curiosa para ver. Amanhã.

Descanse, não descanse

Descanse, que eu vou ler, disse-me o orientador, a propósito do subcapítulo que lhe enviei. E não descanse, vá trabalhando, acrescentou.
Claro que sim. Mas ontem dormi até às 11h.30m. e não fiz nada para a tese o dia todo. Há dias assim, de negação... sobretudo segundas-feiras!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Tudo o que não li


Estou completamente assoberbada por tudo o que não li, nem lerei, porque é impossível.
Perante essa fatalidade, resta-me aproveitar ao máximo o que for capaz de ler, para que não se note muito a falta do resto...

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Done and sent


Acabei finalmente este subcapítulo que se arrastava há meses e enviei-o para o meu orientador, que espero tenha tempo para o ler nas próximas semanas. Preciso que ele me diga se é para deitar fora, reescrever ou guardar, para poder recuperar a tranquilidade que neste momento parece estar a fugir do meu cérebro atarantado.
Continuo cheia de vontade de ler e escrever, embora o meu bebé de 3 meses não me ajude muito a concentrar-me...

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Na Cidade do Conhecimento

Nunca tinha ido à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, por isso valeu a pena lá ir ontem, só por esse motivo.
Mas houve outros, bem melhores. Conheci alguns dos grandes entendidos na matéria, nomes que eu admirava sem lhes poder associar um rosto, um olhar, uma voz. Agora posso, e ainda por cima eram pessoas simpáticas e muito amáveis. Vim de lá com ideias, porque o que ouvi me foi útil. Mas também me soube bem aperceber-me de que já sabia muito do que ali se disse, porque o meu estudo tem dado frutos.
E nunca pensei que um filho meu entrasse na faculdade tão cedo na vida!...




terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Continuum

Trabalho intenso de reflexão e escrita. Sempre com gosto e vontade, mesmo quando me sinto um pouco perdida e insegura - o que é excelente.
Embrulho e desembrulho, sucessivamente, o subcapítulo que já vai com 20 páginas.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Prazos

O orientador não quer estabelecer prazos, tenho de ser eu a gerir o tempo da escrita e entrega.
Tinha pensado entregar-lhe esta parte até ao final do ano, mas as férias escolares obrigaram-me a interromper os trabalhos. Agora está decidido: até ao final de Janeiro tenho de enviar ao orientador a parte que estou a escrever.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Convite

Lançamento da revista onde sai o meu artigo, com direito a "mesa redonda" de discussão sobre o tema - coisa pouca, para quem está habituado, mas algo especial para mim, que me estreio agora nestas andanças académicas.
Fiquei com vontade de ir, apesar de ser longe de casa e de estar a amamentar um bebé de 3 meses. É sempre bom aparecer (nunca se sabe que outros contactos e convites podem surgir nestas ocasiões) e melhor ainda conhecer pessoalmente os grandes nomes da área e ouvi-los falar sobre o assunto.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Bom sinal

É bom sinal que eu não tenha tempo de vir aqui escrever nem que sejam duas linhas, apesar de estar a conseguir trabalhar para a tese :)

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Anti-social

Estou a entrar naquela fase anti-social da escrita da tese em que me sento ao computador em pijama logo de manhã e não dou pelo passar do tempo. Só quero que ninguém me incomode nem obrigue a vestir-me, aproveitar ao máximo o tempo de sossego e solidão.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Chegou!

A Revista é um calhamaço com quase 500 páginas e é toda dedicada ao tema que me interessa, pelo que ganhei hoje um presentão: além de ver finalmente publicado o meu artigo, ofereceram-me todos os outros!

Paragem forçada



Às vezes o fio do raciocínio parte-se e a reparação é demorada.

Sinto-me como se estivesse num comboio que, por qualquer razão incompreensível, tivesse parado numa estação desconhecida por tempo indeterminado.
Aguardo, resignada à minha impotência para fazer continuar a viagem, com impaciência e incompreensão perante esta paragem.
E vou lendo, enquanto o tempo passa.





segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

At last!


É o melhor presente de aniversário que podia receber, pelo menos no que diz respeito a este meu percurso no curso de doutoramento: acaba de me contactar no chat do Gmail uma das responsáveis pela Revista de Estudos Literários a dizer que me vai enviar finalmente um exemplar do n.º 3, onde sai o meu artigo! É que já devia ter saído em Abril... finalmente! Já pensava que não tinham dinheiro para editar mais números...

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Novo adiamento!

Pensei que o adiamento que me tinham concedido para entregar a tese era único e definitivo, apesar de eu ter feito dois pedidos diferentes, tendo em conta que a resposta veio bastante tempo depois do segundo. Mas não: hoje tive uma bela surpresa, ao verificar que me enviaram um e-mail a conceder-me outra extensão do prazo de entrega da tese: 4 de Março de 2015!!
É fantástico saber que, agora sim, o trabalho é exequível no tempo que tenho. Mas vamos a ver é se não perco o emprego por não ter o doutoramento antes disso...

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Salada de ideias

Decididamente, tenho de organizar as ideias. Não posso continuar a tentar escrever em três frentes de ideias mantendo-as todas no mesmo saco. Dividi o capítulo em três partes e separei-as por três ficheiros diferentes. Respirar fundo... Vá. Agora: um de cada vez.


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O imbróglio

Isto está cada vez mais enguiçado.
No pouco tempo que tenho, às vezes enredo ainda mais o fio da argumentação, em vez de o estender.
Há parágrafos que mais vale eliminar (mas... e se...?). Por via das dúvidas, corto-os e volto a colá-los num ficheiro a que chamei "parágrafos soltos". Se me arrepender, posso sempre ir lá buscá-los mais tarde.
O corta-e-cola é tanto, que isto corre o sério risco de ser apenas uma salada de ideias soltas. Preciso de acabar o capítulo, deixá-lo em pousio e depois lê-lo com outros olhos, à distância crítica de quem (a fingir) não o escreveu.

sábado, 23 de novembro de 2013

Desafio

Há vários espaços vazios, assinalados com



[??????]

no capítulo que estou a escrever.

O desafio do momento é eliminar esses espaços que identifiquei, criando ligações lógicas e coerentes entre as ideias que, neste momento, estão desligadas entre si.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Truque


Este capítulo não me está a correr mal, mas existe sempre a possibilidade de o orientador me dizer que está uma m.... . Só quando o acabar e ele o tiver lido e achado bem, como o anterior, é que fico descansada. Até lá, um truque que uso para eliminar frases e parágrafos irrelevantes e depurar o que vou fazendo é pensar: «o que acharia ele desta ideia, se a lesse?»


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Pensamento do dia

Sempre aprendi que os factos devem ser distinguidos das opiniões e vice-versa, mas hoje ocorreu-me que uma tese sobre literatura é uma argumentação na qual o autor se esforça por fazer com que as opiniões pareçam factos.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Lado positivo

Teclar com um bebé ao colo a mamar não dá muito jeito, mas o facto de o fazer mostra que estou tão entusiasmada, que não consigo parar de escrever!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Isto vai

Isto até vai correndo bem, escrevo umas linhas ou páginas todos os dias... os momentos (horas) em que sou forçada a interromper o trabalho até ajudam a perspectivar melhor e a reflectir mais sobre o que fiz atrás.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Adiamento!

Alívio: foi autorizado o meu pedido de adiamento do prazo de entrega da tese, tendo em conta o período em que estive de baixa por incapacidade para o trabalho!
Nova data-limite: 16 de Outubro de 2013. Parece longe, mas mal chega (se chega) para escrever o que tenho de escrever...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Um filho depois...


Lentamente, vou regressando às leituras e à escrita, depois de ter pedido suspensão do prazo de entrega da tese, claro, por motivos de incapacidade para o trabalho (baixa antes do parto) e maternidade.
Pensei que ia ser mais fácil conciliar os primeiros tempos da (re-)maternidade com a tese. Obviamente, a minha curta memória pregou-me uma partida! Não é bem verdade que os bebés "só comem e dormem" (precisam de mimos, atraem mimos como um íman, e têm muitas cólicas) e enquanto eles dormem as mães precisam de aproveitar esses preciosos momentos para fazer 700 coisas, incluindo dormir também!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

HOORAY!

O meu orientador gostou do meu primeiro capítulo!
Demorou a ler e a responder, por isso já estava preocupada.
Mas felizmente, não tinha razão para isso. «Está globalmente  muito bem» e é «praticamente definitivo», diz ele.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Férias... malditas férias

As férias são minhas inimigas declaradas, até que a tese esteja escrita.
Limito-me a esperar que acabem, enquanto engordo e vou contando as semanas da gravidez...

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Baixa

A pior ciática da minha vida deixou-me de rastos, ou melhor, de cama. Hoje pedi a suspensão do prazo de entrega da tese (que era 4 de Abril de 2014), invocando a minha "incapacidade temporária para o trabalho", que durou um mês e meio.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ora bolas.


Hoje andei às voltas com o texto já escrito, mexendo e remexendo, e acabei a meio da página 23. O que equivale a dizer que não fiz praticamente nada senão "lamber" o quadro já pintado. E o mês de Junho aí à porta!... Estou, portanto, com um atraso de dois meses em relação ao prazo que tinha estipulado para entregar este capítulo ao meu orientador.



sexta-feira, 24 de maio de 2013

E lá se vai mais uma sexta...


Hoje não foi um dia lá muito produtivo. Li na varanda, o que me desconcentrou bastante, e tive dores nas costas, o que me desconcentrou ainda mais. Quando me inspirei para escrever, já me restava pouco tempo útil. Mesmo depois de ir buscar as crianças, aproveitei enquanto brincavam para ligar o computador e aperfeiçoar o que tinha escrito, mas o raio da máquina resolveu recusar-se a gravar as alterações e depois, para cúmulo, fechou-me o Word e fez desaparecer o ficheiro. Estive, na última meia hora, a tentar fazer o que tinha feito no ficheiro que havia gravado noutro computador.
Resultado: continuo nas mesmas 22 páginas.
Santa paciência!


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Pouca-sexta

Definitivamente, este "diário" tornou-se semanário.
Em todo o caso, o trabalho continua. Hoje o dia rendeu bastante menos, entre uma ida ao hospital e uma reunião de trabalho, mas ainda assim valeu a pena ter feito questão de me sentar ao computador, como se tivesse longas horas pela frente. Já estou na página 22 e ainda não perdi a inspiração para continuar, o que é muito bom sinal, tendo em conta que estou, de certo modo, a escrever "a metro"!...

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Enfim, sexta-feira!


É o meu dia sagrado, religiosamente reservado para a tese.
Por mais trabalho que tenha no emprego, por mais que me esmifrem e explorem, por mais tempo que lá passe (há dias em que vivo ali das 9.30 da manhã às 11 da noite), a sexta-feira em casa ninguém me tira. É pouquíssimo, mas já que é o que tenho, agarro-me a ela como náufrago a pedaço de madeira.
E isto hoje está a correr bem...por isso, é melhor voltar ao livro e aos ficheiros!


PS - o capítulo que foi partido em dois e ficou com dez páginas em vez de vinte já está com vinte outra vez!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

devagar se vai... atrás!

Às vezes dedico-me a isto de forma absorta e entusiasmada, mas esqueço-me de vir aqui deixar uma nota para a posteridade. Ou seja: o facto de eu não vir aqui deixar umas palavras não significa que não tenha feito nada.
É verdade que ando atrapalhadíssima com trabalho e que tenho tido muito pouco tempo para dedicar às leituras e à escrita da tese. Mas alguma coisa vou fazendo, nem que seja dar uns passos atrás, para avançar depois com mais pertinência e adequação. Refiro-me ao facto de, na passada sexta-feira, ter partido ao meio um suposto capítulo, para o transformar em dois pedaços de dois capítulos distintos. Se faz mais sentido assim, então é andar para a frente, sem lamentar o facto de as 20 páginas que já tinha para o primeiro a ter de acabar terem passado a 10...

terça-feira, 16 de abril de 2013

Feito.


2 exemplares do relatório entregues, mais um CD, para ficarem numa qualquer gaveta de um qualquer gabinete do departamento. Viva a burocracia!

quinta-feira, 28 de março de 2013

Boa!


O meu orientador acaba de me enviar um e-mail a felicitar-me pelo relatório, ao qual não tem sugestões de melhoramento a fazer. Diz que posso imprimir, que está «mais do que bem: apresenta o argumento, mostra que há um argumento, desenvolve-o o suficiente e expõe os meios de elaboração e conclusão da tese». Não gosta apenas de uma coisa: o uso da primeira pessoa do plural. E eu a pensar que era obrigatório! Ora, não seja por isso...
 Naturalmente, fiquei muito satisfeita. Não é a tese, mas para lá caminho.


quarta-feira, 27 de março de 2013

Duas semanas depois...


Li mais uns capítulos da minha bíblia do momento, mas só consegui (hoje) avançar mais uma página: estou na 19. Devagar se vai ao longe.


quinta-feira, 7 de março de 2013

On the right track


Para passar da página 18 preciso de mais leitura. Bastante mais. Mas sei o caminho e lá chegarei! De preferência, antes do fim deste mês...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Hoje acredito.



12 páginas cada vez mais depuradas. É pouco, mas tem qualidade, é o que sinto.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Labor


10 páginas espremidas a custo são tudo o que tenho por agora, para um capítulo que deverá ter umas 30. É preciso ler muito mais, para lá conseguir chegar. E o tempo a passar...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O lado positivo


O lado positivo é que o desafio se torna cada vez mais estimulante, à medida que as leituras que vou fazendo parecem espartilhar as minhas possibilidades de ser original. Embora pareça uma atitude destrutiva, ler contra os outros (o que não invalida ler também a favor deles) ajuda a ir construindo uma argumentação diferente, que acrescenta qualquer coisa ao que já foi dito.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Tranquilizante

Efectivamente, o meu orientador minimizou a questão: «chato seria encontrar uma tese igual depois de ter escrito a sua», foi mais ou menos o que ele disse. O que eu tenho a fazer é "simplesmente" escrever uma tese melhor. E esses tais "trunfos" que ela usou em linguagem escolástica nem se percebem. Aparentemente, não será assim tão difícil fazer melhor, se me mantiver fiel à minha ideia de fundo (na qual pelos vistos ele acredita e confia mais do que eu).

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Mixed emotions


Incrível. Uma colega estava a fazer "limpezas" no gabinete ao lado, livrando-se de livros (!) que não lhe interessavam e veio oferecer-me quatro ou cinco que talvez me interessassem a mim. Eis que entre eles, além do número de uma revista em que aparece um artigo meu (dá sempre jeito para oferecer), estava uma tese de doutoramento publicada no ano passado, sobre uma temática com mais pontos de contacto com a  minha do que seria desejável.
Folheei-a avidamente, detendo-me no índice. Quase gémeo do meu, no tema de fundo e na lógica do percurso. Não quis acreditar. Li-a durante todo o dia, sentindo-me agradecida pela minha sorte e ao mesmo tempo lastimosa pelo meu azar. Sublinhei furiosamente, escrevi comentários à margem, procurei desesperadamente encontrar pontos de fuga para uma argumentação diferente.
Cheguei ao fim da tarde aliviada por ter "dominado" o monstro e entristecida por saber da sua existência.
Claro que é sempre possível criar um monstro diferente, mas há ideias e expressões que eu tinha pensado que eram trunfos só meus e que a autora daquela tese já avançou. Isso é natural, acontece, dirá o meu orientador. Pois. Os acidentes também acontecem. Mas são sempre muito desagradáveis.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A bom ritmo



A bom ritmo, enquanto as aulas não recomeçam, pois esperam-me 14 horas letivas no 2.º semestre, mais 30 presidências de júris em defesas de relatórios de estágio.
A bom ritmo, vou lendo todos os dias, sem me dispersar demasiado, sem sair deste caminho que ainda tem tanto para eu trilhar.
Fiz o relatório, refiz o índice da tese, estabeleci momentos de entrega das várias partes, delineei uma rota e agora acho que sei por onde ir, qual o passo a dar em seguida.
Até ao próximo sobressalto por insegurança, ou à próxima interrupção por falta de tempo, sigo a bom ritmo. É aproveitar.