sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Comunicação de leitura

Ontem comuniquei ao meu orientador uma leitura que estava a fazer. Não a leitura do gás ou da água, mas a leitura de uma obra teórica que ele não conhece e talvez goste de conhecer. Apreciou a referência e aconselha-me a continuar a dar-lhe notícias do que vou lendo. É um excelente método para me obrigar a resumir as ideias principais de cada livro. E dá-me mais entusiasmo saber que ele está à espera da próxima comunicação de leitura!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Pensamentos cruzados


Com calma, um dia de cada vez, isto vai. É impressionante a capacidade do ser humano para, quase em simultâneo, acreditar e duvidar, imaginar-se a falhar ou a ser bem sucedido, misturando na mente emoções diversas e contraditórias a propósito de uma única situação ou experiência. À medida que leio e penso sobre a matéria que me ocupa, estou a visualizar-me a entregar a tese pronta ao orientador e, ao mesmo tempo, a dizer-lhe que vou pedir adiamento porque não consigo fazer nada!


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

(Re)começar


Quando não sei por onde (re)começar, o melhor é começar por qualquer lado.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Living in the twilight zone


Tenho conseguido ler todos os dias alguma coisa útil para a tese, por pouco que seja. E sabe bem sentir esta imersão permanente no tema, como se fosse agora finalmente capaz de viver em duas dimensões ao mesmo tempo: a da vida mundana, do trabalho, da família, das tarefas domésticas, dos amigos; e a dimensão do doutoramento, a da reflexão demorada e contínua sobre o tema, que às vezes é estimulada quando menos espero, por algo que se passa na primeira dimensão.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

a minha amiga e Pilar


Um dia memorável! Fui assistir à apresentação de um livro cuja autora se movimentou em linhas semelhantes àquelas em que tenho estado a reflectir. Ouvi uma intervenção interessante e inspiradora de Viriato Soromenho Marques e, momento supreendente e inesperado, conheci Pilar del Río, que recebeu com agrado uma modesta lembrança minha (que sorte ter ali à mão uma publicação oportuna para lhe dar).
Tudo graças à minha querida colega de doutoramento, que me levou pela sua mão amiga e atenta ao sítio certo, à hora certa. Que tarde agradável, perfeita, inesquecível: a começar pela casa de chá japonesa onde lanchámos (nunca comi um brioche tão delicioso!!), onde a minha amiga me diz, como se fosse coisa pouca, que decidira lá ir, em primeiro lugar, para me ver. No fim, ainda me pagou o livro que eu quis comprar, sem ter dinheiro.
Obrigada, querida amiga! ;)

PS - E afinal até tinha dinheiro, mas tão convencida estava de que não tinha, nem verifiquei. Typical...



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Memofante precisa-se


Há uma dificuldade que me atormenta sempre que leio e tomo nota de uma ideia que me "vai ser útil mais tarde":
e se, mais tarde, eu já não me lembrar dela?

Mesmo que a registe cuidadosamente nas fichas de leitura, como é que eu vou lembrar-me de que na ficha de leitura tal, um ano ou dois atrás, registei uma ideia que é importante introduzir agora na minha argumentação?


Stop, think and rephrase


Tenho de parar de dizer que «já passou um ano e ainda não fiz nada para a tese».
Não é verdade. Li pouco, pensei pouco, escrevi pouco.
Mas o que fiz é alguma coisa e pode ter valor.
E dar valor ao que fiz é fundamental.
Eis um "diapositivo" :-)

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Noutros tempos


Não há muito, eu era capaz de ler, ler, ler devotamente e depois escrever artigos, ou ensaios, para os professores das disciplinas curriculares do doutoramento.

Agora, se tivesse de sujeitar-me ao mesmo esquema de trabalho, duvido que conseguisse. Não sei como fui capaz, agora sinto que as semanas me fogem a passo de corrida. E no entanto tenho as mesmas tarefas, as mesmas aulas, os mesmos filhos, a mesma casa... como é que tudo se complicou desta maneira?

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Metacompreensão


Há dias em que sinto que o meu maior problema, quanto à investigação e à tese, nem é a falta de tempo, mas a minha incapacidade para me concentrar. Pior do que ter pouco tempo para ler é descobrir que o tempo que tenho se desperdiça em constantes releituras, porque a cada parágrafo tenho de voltar atrás uma e outra vez, porque não fui capaz de reter o conteúdo à primeira leitura. Isto acontece-me cada vez mais e faz-me levar o triplo do tempo, ou mais, a ler cada texto. Assim não vai dar!!