sexta-feira, 30 de abril de 2010

Liga-desliga...

A minha cabeça parece um interruptor que se vai ligando e desligando sozinho.
Ora se me ilumina o cérebro, e vejo o caminho a seguir, ora fico na escuridão total, incapaz de dar um passo. Para o bem e para o mal, nehuma das situações dura muito tempo...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Discrição na dificuldade

Troquei umas mensagens de correio electrónico com a professora que está a orientar-me neste trabalho - e que o irá avaliar. No fim, ela desejou-me "continuação de bom trabalho" e isso levou-me, de imediato, a sentir que devia aproveitar a oportunidade para desabafar. Sem pensar, cliquei na opção de "responder" e já tinha escrito "na verdade, não tem sido lá muito bom, mas parece-me que é apenas uma fase" - quando algo em mim me obrigou a parar. Disse para comigo: «se é apenas uma fase, mais vale não desabafar.» Para quê dar uma imagem de insegurança e confessar-lhe que me sinto perdida, quando posso encontrar-me em breve e mostrar-lhe apenas o resultado desse encontro?
Aos amigos é que se desabafa. Aos professores mostra-se o nosso melhor!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Dou a mão à palmatória

... percebi hoje, mais claramente do que nunca, que é uma perda de tempo começar a escrever antes de ter acabado as leituras.
Depois de muito trabalho mental, consegui reescrever a minha primeira página - o que implicou ignorar por completo tudo o que havia escrito antes e agora me parece, senão absurdo, pelo menos obviamente incipiente.
Ainda há leituras por fazer e, por isso, parece que ainda não aprendi a totalidade da lição. Mas foi-me absolutamente necessário começar a relacionar ideias num documento à parte (que pode bem não vir a ser a versão final) e assim já ultrapassei o fantasma daquele trabalho mal iniciado, espécie de aberração com a qual eu achava que teria de viver.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ler e escrever

Não sei se devo ler de uma vez e depois passar as notas para a ficha de leitura no Word, ou ir lendo e tomando notas ao mesmo tempo.
Esta pergunta não tem que ver com método, mas apenas com a saúde dos meus olhos...!

domingo, 25 de abril de 2010

Eu li tudo, eu sei tudo?


Num pequeno livro de Carlos Ceia intitulado O Que É Ser Professor de Literatura (Colibri, 2002), leio o seguinte:

«Qualquer tentativa de separar o ensino e a prática da língua e da literatura está condenada ao insucesso. Não há um único caso, na história da educação ocidental, de sucesso escolar ou académico obtido com tal divisão.»

Sem querer pôr em causa a veracidade da afirmação, será legítimo que alguém (não como o autor, mas como eu) se refira assim tão categoricamente a toda a "história da educação ocidental" num trabalho de investigação? Será possível que, enquanto investigadora, alguma vez eu possa sentir-me inteiramente segura da abrangência do meu conhecimento para fazer uma afirmação deste tipo?



sexta-feira, 23 de abril de 2010

As duas fases

Hoje recebi um conselho importantíssimo de um verdadeiro mestre da investigação, que tive o prazer de conhecer e que teve a gentileza de me convidar para almoçar:

qualquer investigação deve ser dividida em duas fases: a da investigação propriamente dita, em que se lê e se elaboram fichas de leitura; e a da redacção da tese, que mais não é do que a combinação das ideias já anotadas nas fichas de leitura. A segunda fase, por essa razão, é mais breve do que a primeira.

Confesso que me custa seguir este método rigoroso e seguro. Chamem-me desorganizada, irresponsável, mas a verdade é que é raro "perder tempo" (está bem, sei que não é perder tempo) a compor fichas impecáveis, quando posso começar logo a redigir um texto, que não me importo de reformular vezes sem conta.
Porém, tenho perfeita noção de que a minha falta de método me pode custar caro e não me orgulho  especialmente dela. E como também sei que, pelo menos neste âmbito, nunca é tarde para mudar, parece-me que agora é uma boa altura para acatar o bom conselho que o destino me fez ouvir.
Bem haja, Professor Alves de Fraga!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Engrenando...

Hoje parece que as coisas engrenaram. Ou seja, comecei finalmente a poder dedicar algum tempinho do dia, embora não tanto como seria desejável, à leitura activa da bibliografia. Leitura activa no sentido em que leio e ao mesmo tempo já vou escrevinhando alguma coisa do trabalho.
Provavelmente é cedo e talvez eu tenha uma costela masoquista, mas a verdade é que consigo retirar um certo prazer da sensação de, algum tempo depois, verificar que, afinal, o que escrevi antes era uma manifestação de ingenuidade e falta de conhecimentos mais sólidos.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ainda não deu!

Dizer é fácil, fazer é que é pior... ainda não consegui nem começar a ler, quanto mais...!

Aulas para preparar e agora, só me faltava isto, tenho de assumir a coordenação de um Mestrado. Como é que querem que eu faça tudo?!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Toca a trabalhar!

O encontro com a professora correu bem. Mas a pedalada dela é de mais! Se eu digo que estou a pensar fazer três coisas, ela acrescenta uma quarta. Se eu penso desenvolver um tópico de cinco maneiras, ela acrescenta mais três. Se eu digo que acho isto, ela sugere que também devia achar aquilo e aqueloutro.

 Enfim, a senhora não brinca em serviço e nós também não estamos autorizadas a fazê-lo. Agora é começar a trabalhar a sério, porque só faltam sete semanas para a entrega definitiva deste trabalho! And the countdown begins...
 

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Prontos!

Pronto - de repente, ficou pronto e tem um aspecto sério e mais ou menos rigoroso o meu plano do próximo trabalho/artigo. Pelo menos para mim.

Para minha surpresa, quando cheguei (atrasada) à aula em que sou "turista", o professor convidou-me a partilhar o plano com as colegas e pareceu bem impressionado. Mas avisou-me: é uma tese de risco, porque há muita gente que não partilha das minhas ideias. OK...
Mas ele (futuro orientador) está de acordo comigo. Thank God!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

P.*#&"z!

Já tiveram a irritante experiência de ter lido alguma coisa a que não deram grande importância e que mais tarde querem reler, mas não sabem onde está?

Ando nisto desde as sete e meia da manhã... a tentar descobrir onde é que eu li uma frase que nem sei bem de que forma está redigida, por isso nem o "find" do Word me pode ajudar...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Texto, para onde me levas?

Decido ler uma tese de doutoramento que me parecia directamente relacionada com o trabalho que pretendo fazer.
Mas a meio desisto, porque afinal o texto não me está a levar para um lugar seguro, interessante, relevante. A viagem não é promissora e o tempo demasiado precioso para o perder com deambulações inúteis.
O assunto é dilucidado com recurso a uma vastíssima bibliografia. Mas fazer o mesmo ali se fez está fora de questão e fazer outra coisa implica que, afinal, a leitura dessa tese não me interessa assim tanto.
O problema é que, claro, posso estar enganada.

sábado, 10 de abril de 2010

Momento de descontracção

Queridas colegas, adorei tê-las cá em casa. Foi óptimo poder conversar animadamente sobre o nosso trabalho, rir da verborreia que temos de ler, exorcizar o medo de não conseguir dar conta do recado.


 Acho que vai ser muito benéfico - fundamental - repetir momentos destes, de vez em quando, para mantermos a nossa sanidade mental!
Fico muito contente por tê-las conhecido e espero que nenhuma das duas desista.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mau...

Se ontem estava perdida, hoje ainda estou mais. Procuro avançar no texto, encontrar um rumo de escrita, mas é preciso ler mais, muito mais. E não sei bem o quê!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Altos e baixos

De certeza que vai haver muitos dias assim, alternados com dias melhores: dias em que me sinto esmagada pela quantidade de livros para ler e perfeitamente incapaz de alguma vez escrever alguma coisa nova, depois de os ler. Péssimo estado de espírito. Hoje, nem a BN me ajudou, com aqueles idiotas a conversarem atrás de mim... e nem consegui mandá-los calar, como devia.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Sem ideias

O que leio não me ajuda a saber o que escrever. Sinto-me perdida, até enquanto estou a ler. Para que me serve isto? Pergunto-me. Não deveria estar a ler outra coisa? Mas o quê? E entretanto, os meus olhos vão descendo pelas linhas da página impressa, mas a cabeça não está a assimilar nada. Volto ao início do parágrafo vezes sem conta. E a pergunta ecoa incessantemente: para quê?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

BN expulsa leitores às 13 horas

Consegui ir para a BN mais cedo do que imaginava. Com um filho no infantário e o outro em casa da avó, toca a ler!

Mas eis que... não foi por muito tempo. As funcionárias da BN não conseguiam (nem tentavam, decerto) esconder o seu ar de satisfação. Fiquei esclarecida assim que cheguei, pelas 10h.30m.: «à uma hora queremos toda a gente fora!»

Fiz uma leitura apressada, mas ainda assim agradável. Saí contrafeita, dez minutos antes da hora da expulsão, para a evitar. E o resto do livro vai ter de ficar para a próxima semana, «porque o senhor ministro deu autorização». Boas férias da Páscoa, funcionários da BN!