sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Reviravolta II ou Reviravolta definitiva

Encontro consumado. Ambos gostaram das questões que eu levava, das ideias que tinha comigo, dos 2 índices que lhes mostrei, do título que inventei.
Estou tão feliz!

«Então, aceita a nossa proposta?» - perguntou-me a professora que eu tanto desejara que fosse minha orientadora, que me disse «lamento muito, mas não posso»,  e que agora se propunha orientar-me definitivamente.
«Mas o que a fez mudar de ideias?!» - quis eu saber (ai, desbocada curiosidade, como te atreveste?!). Ela sorriu e confessou que tinha ficado com problemas de consciência por ter recusado orientar-me, quando eu lhe implorei isso mesmo, há uns meses. Não me iriam deixar ir embora. São palavras que não vou, de certeza, esquecer. Porque me darão alento e confiança, quando voltar a ter dúvidas sobre a minha capacidade para enfrentar este desafio.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A tese do outro

Para cúmulo, na prateleira de uma livraria, às dez da noite, descubro um livro que é o resultado de uma tese de mestrado sobre o MEU tema, exactamente como EU deveria fazer.
Só me faltava isto para perder totalmente o ânimo!


Mas eis que começo a ler a nota prévia... a introdução.... a conclusão... e aquilo me parece mal escrito, estranho, incoerente, fraco. Menos mal. Em todo o caso, continua a ser o MEU tema. Compro, claro.
Em casa, descubro-lhe outras falhas, como citar um autor através de outro sem dar por isso, aflorar apenas em duas páginas um assunto que tem muito mais que se lhe diga, falta de títulos na bibliografia, enfim, respiro de alívio. Fico mais descansada. Ainda posso acrescentar alguma coisa a isto. E de que maneira!

Não posso continuar assim, sempre a pensar que está tudo feito, que os outros já disseram tudo, que o que está na minha cabeça não presta, que não sou capaz. Dou um abanão a mim própria.
E atiro-me ao trabalho urgente: preparar-me para a reunião de amanhã, com os dois professores que se ofereceram para me orientar, por sugestão da coordenadora do curso.
Pego nos meus índices e escolho os que valem mais a pena. Selecciono os melhores títulos. Formulo questões (não podes começar sem ter uma questão, diz-me quem sabe), tomo nota de ideias importantes. Tenho de lhes mostrar que sei o que quero e que aquilo que quero fazer até tem coerência.

sábado, 20 de novembro de 2010

O que tenho

Dificuldade em fazer uma leitura crítica, em encontrar nos textos que leio janelas e portas para uma argumentação nova, um ponto de vista diferente.
Não se pode escrever apenas a favor, é preciso escrever também contra.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Não posso desaparecer?
Por uns meses.
Dava jeito.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

What is left to be said?

Estou a ler a tese que gostaria de ter escrito. Será tarde de mais para mim, ou terei eu ainda alguma coisa nova a dizer, depois disto?!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Adrift

Sinto-me perdida e incapaz. Não consigo avançar.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

E-mail

Recebo um e-mail da tutora/coordenadora que me faz cair na realidade (porque não me disse ela estas coisas quando lá fui?).
Preciso de apresentar um problema pertinente e um projecto bem estruturado - imperativo que implica, obviamente, que o meu índice não evidencia nem uma coisa nem outra.
Não estou num trilho seguro, estou num pântano lodoso. Preciso de ajuda, diz ela, para encontrar um caminho «credível em termos científicos».

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Reviravolta

Estou confusa, mas contente.
A coordenadora quis marcar novo encontro e pensei que era para me dar sugestões de forma a melhorar o índice. Mas ontem, quando lá fui, descobri que era para me fazer uma proposta aliciante: integrar-me no centro de investigação associado ao departamento e... aceitar a co-orientação da minha professora do seminário de especialidade, juntamente com outro professor do departamento (que conheço bem, fui sua aluna na licenciatura, e de quem gosto bastante), porque eles me ajudarão a definir uma ideia global mais forte para a minha tese.
Mal pude acreditar... trata-se de uma segunda oportunidade, que para mim era inimaginável!