quarta-feira, 30 de junho de 2010

PONTO MORTO

Uma pausa necessária, que sabe bem, mas que ao mesmo tempo preocupa, chega a consumir.
Por um lado, acho que me posso dar ao luxo de não fazer nada, de não pensar nisso, durante três ou quatro dias. Relaxar, praticar desporto, ir à praia. Faz tanta falta!
Por outro lado, o bichinho vai roendo a minha consciência: e o trabalho final?
Nada está feito. A entrega, supostamente, é em Setembro. Mas penso que me poderei valer do estatuto de trabalhador-estudante para a fazer um semestre depois, ou seja, no final de Janeiro.
Há tempo. Mas parar é morrer!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Estado da 2.ª versão: ENTREGUE!

Mal ou bem, o segundo trabalho está feito e já o enviei para a Professora.
No minuto seguinte, como é de regra comigo, encontrei uma gralha escandalosa e enviei-lhe nova versão com pedido de desculpas. Ela aconselhou-me a rever tudo com calma, durante mais um dia. Mas eu não consegui. Já deito aquilo pelos olhos! Ela que veja o que está mal, que é paga para isso... (se não é, deveria ser e o problema não é meu!).

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Novo adiamento

Estava eu em ligeiro stress para terminar o trabalho, porque a professora iria precisar de o ver antes do encontro de sexta-feira, e não é que ela me envia um e-mail a pedir que o encontro seja adiado para dia 2 de Julho?!
Decididamente, sou uma sortuda. Quanto mais tempo para melhorar o que está feito... melhor!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Grande avanço

O trabalho número 2 já tem 22 páginas.
Entretanto, recebi resposta da professora a dizer-me que aceita a primeira versão, da qual gostou bastante, embora precise de alguns ajustes e de mais uma ou duas leituras.

 Começo a acreditar em mim!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Não faz sentido falar de luto. No entanto, sinto-me em luto pelo meu autor, que morreu hoje.

Olho para a página com o texto a meio e a escrita parece querer-se interrompida, suspensa, num silêncio que marque a gravidade do momento.

Numa imobilidade que cale o pensamento.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Pintando uma argumentação

Há algo de semelhante entre pintar uma aguarela e escrever um destes artigos, para mim.
Há um misto de ansiedade e entusiasmo, durante a tarefa, que se reflecte na forma como trabalho, ora absorta e profundamente empenhada, ora distante e quase desistente, interrompendo abruptamente o ritmo e refugiando-me noutras actividades menos exigentes, como fazer as camas e arrumar a casa.
A forma como encaro o objecto que vai sendo criado pelas minhas mãos também é parecida: olho para o que estou a fazer e parece-me bom e mau ao mesmo tempo: um traço certeiro gera um sentimento de esperança, parece que a coisa vai resultar; uma pincelada mais descuidada assusta-me, torna-me insegura, mas algo em mim tem confiança na possibilidade de o corrigir em breve. E assim vou trabalhando e sentindo um confuso turbilhão de emoções, de amor-ódio por esse objecto que brota de mim.
E quando parece que estou prestes a ser vencida pelo desespero, pela certeza de que o resultado vai ser falhado, de que a perfeição ficará longe do meu alcance, acontece uma espécie de pequeno milagre. Dou-lhe mais três ou quatro toques e o trabalho parece sorrir-me e dizer: "acabaste-me! Não estou bonito?" E eis que é verdade: bem ou mal, está acabado, chegou ao fim. Não é preciso sofrer mais, posso recostar-me na cadeira, ou levantar-me, e olhá-lo à distância tranquila do observador, já não do criador atormentado pelo acto de criar. E este final feliz é sempre uma surpresa, apanha-me sempre desprevenida. Porque nunca sei (algum pintor sabe?) que pincelada será a última.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

2.º objectivo

Agora quero seguir a sugestão da professora: vou fazer outro artigo, desta vez desenvolvendo em exclusivo a questão que no primeiro era apenas introdutória.
Mãos à obra!
Sinto-me bem, há que aproveitar ;)

domingo, 13 de junho de 2010

Nota máxima... para os amigos!

Um amigo que leu o meu trabalho acha que está bom, inclusive parece que o consegui convencer de uma ideia que à partida considerava impensável. É um bom auspício.
Outro amigo, que também leu e gostou, vaticina que terei entre 17 e 18.

Nada como ter estas amizades que nos dão força e confiança, quando duvidamos de nós. Sinto-me privilegiada e imensamente agradecida.
Vale sempre a pena arriscar e dar a ler o nosso trabalho aos amigos, mesmo que eles sejam leigos nas matérias (se não forem, tanto melhor, mas isso é que é mesmo sorte!). Porque os amigos têm, em princípio, a frontalidade necessária para nos fazer ver pequenas ou grandes imperfeições, repetições, faltas de coerência, etc. Podem ajudar-nos, e muito, a melhorar os trabalhos antes da entrega final. Bem hajam!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Pensando melhor...

Apesar de conhecer a lição, não aprendo.
Então não é que envio primeiro o trabalho à professora e depois é que me dou ao trabalho de o ler, para ver se tem gralhas?
Inevitável: descubro umas quantas e envio novo e-mail à profe, pedindo-lhe que substitua a versão anterior por esta, corrigida. DAAH!

Ela agradeceu e prometeu dar-me uma resposta esta semana.

Estado da 1.ª versão: ENTREGUE!

Bem ou mal, está entregue.
Não aguentei esperar e enviei-o à professora, para dizer de sua justiça. Sou assim, impulsiva e impaciente - características que não se coadunam lá muito com a investigação científica. Mas também... eu nunca acreditei que o estudo da literatura poderia ser científico ;)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Às voltas

O monitor é implacável.
A vista cansa-se.
O tempo é implacável.
O que não está a fugir-me por entre os dedos, enquanto estou a teclar, está suspenso, trocista, enquanto estou à espera de poder vir para aqui teclar.

O trabalho parece estar pronto, quando eu desejo que esteja. Mas quando olho para ele com olhos de ver, mostra-me rabinhos de fora, ideias por arrumar, desenvolver, modificar. Nunca estará pronto!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ufa!

Parece-me que posso dar por terminada a primeira versão do trabalho.
Agora é deixá-la em pousio, esperar pela reacção de um primeiro leitor isento que fez o favor de aceitar a tarefa, e atacar o outro.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Ui...

Com muito cuidado, como se no interior da minha cabeça houvesse um castelo de cartas ou uma pirâmide feita com copos de cristal e o desespero fosse uma corrente de ar ou uma mão descuidada, procuro concentrar-me no texto que teimosamente tento escrever, continuando o trabalho que comecei antes de falar com a professora.
Só depois de o dar por concluído é que vou lançar-me ao segundo desafio: começar um novo artigo, seguindo a sua sugestão.

Calma.
 

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Loucura

Passou-me uma ideia estapafúrdia pela cabeça. Pior: não passou, instalou-se.
 E agora não sai.
Em vez de fazer apenas o trabalho que a professora sugeriu que fizesse, e que me obriga a desperdiçar 10 páginas já escritas e que ela não chegou a ler; porque não fazer dois trabalhos: um como ela quer e o outro como eu tinha pensado?
Porque dá muito trabalho e leva mais tempo?
Mas desde quando é que eu opto pela solução mais fácil?!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Inacção

Medo de enfrentar o bicho.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Mal-estar físico

É a primeira de muitas vezes, suponho.
De repente, senti-me completamente esmagada pela quantidade e diversidade de informação que preciso de reter, lembrar, relacionar, manipular. Quis encontrar uma frase que alguém escreveu algures e não fui capaz. Olhei para a multiplicidade concreta das fichas de leitura espalhadas por uma ordem insatisfatória na mesa e fiquei sem conseguir reagir. Como encontrar o que queria?
Ao mesmo tempo, o trabalho mal feito e a precisar de reescrita urgente olha-me do monitor, a reiterar a minha incapacidade para sair desta situação de impasse.
Tentei reordenar as fichas por outro critério, mas era ainda mais ineficaz do que o primeiro. De repente, senti um aperto no peito, a cabeça a andar à roda, um desespero imenso. A frase "não consigo" foi tudo o que me ocorreu verbalizar, repetidamente. Depois veio a consciência, mais nítida, mas não menos perturbadora: «estou a sentir-me fisicamente mal por causa disto».
E não vai ser a única vez...

Que novidade?

É inevitável este sentimento: perante a evidência de que já todos disseram tudo sobre o assunto, o que me resta a mim para introduzir nele, de forma a ser original e justificar assim o meu trabalho?