É o que me ensinar, que me inspira, que me revolta, que está disposto a aprender com os alunos. Que se vê que tem gosto em estar ali, a fazer o que faz, como faz, mesmo quando tem um ar desconsolado.
É o que ironiza, que brinca, que diz grandes verdades, que põe em causa, que desconstrói.
É o que ouvi ontem, de novo, e talvez pela última vez, a dar uma aula.
É o que eu gostava de poder ouvir sempre, porque nunca me cansaria. Nunca.
Sinto-me feliz por si. Parabéns pela sorte de ter ouvido um professor assim. Isso é consolador, quando se é aluno.
ResponderEliminarPara mim, o melhor professor de sempre não é o que dá receitas, nem o que faz o trabalho todo.
ResponderEliminarÉ realmente aquele que ama o que faz e que gosta de partilhar. É o que trabalha apaixonadamente. É o que diz e o que sabe escutar. É o que acha sempre que nada sabe e por isso está sempre a querer saber mais. Mas é, sobretudo, aquele que leva os alunos a ir mais além e a acreditar nas suas capacidades!
Claro, TA. Concordo plenamente. Mas neste caso particular, estava a pensar num professor específico. E embora não acredite que ele seja o género de achar que "nada sabe", depois daquela aula, que foi certamente a última, quis de facto registar a sensação que me ficou, de que ele é o melhor que já tive. Mas a verdade é que é o melhor à sua maneira. É o melhor para mim, neste momento da minha vida. É o mais inspirador.
ResponderEliminarMas tu foste, também, a melhor à tua maneira, e tendo em conta a minha idade e a minha capacidade de aprender contigo. Não digo isto para te agradar, mas por sentir que é a justa verdade.
Sara, obrigada pela parte que me toca. Fiquei sem palavras...
ResponderEliminarQuando escrevi também pensei nos "mestres" com quem tive o privilégio de me cruzar ao longo do meu percurso e que me fazem ser quem sou.
Aqueles professores capazes de fazer a fusão entre o tempo e o espaço e de parar os ponteiros dos relógios. Aqueles professores que poderiam ficar ali sempre.
Hoje, tenho alguns bem guardados no meu sótão de memórias e volto a eles sempre que posso. São uma espécie de inspirações.
Por isso, compreendo o que sentiste.
Aconselho que guardes bem essa aula. Tenho a certeza de que, um dia, vais voltar a ela. Então verás que a eternidade existe!