Um professor monocórdico discorre, sentado, sobre a filosofia patente na poesia de Fernando Pessoa. O conteúdo é interessante, mas difícil de absorver, sobretudo quando não se conhecem alguns conceitos filosóficos e nomes de filósofos contemporâneos.
Ocasionalmente, ele levanta-se para escrever no quadro um termo grego ou alemão, indiferente à falta de tinta da caneta e usando, quando necessário, um lenço de papel para apagar o quadro.
Os alunos atrasados, como já vem sendo hábito, têm de ir buscar uma cadeira à sala de estar e tomar notas no colo.
Faço uma nota mental: «escrever e-mail ao gabinete de pós-graduações a reclamar melhores condições de trabalho nas salas».
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