quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Primeiras impressões


Matriculei-me finalmente (dez anos após a conclusão do Mestrado) num curso de Doutoramento.
Para meu azar, ou para minha sorte, ainda não sei bem, calhou-me o primeiro ano lectivo pós-Bolonha. Quer isto dizer que eu e os meus colegas somos as cobaias da faculdade, porque é a primeira vez que se abre um curso de doutoramento com os moldes que agora tem: uma parte curricular de dois semestres com quatro seminários obrigatórios.


No primeiro dia em que fui falar com a Coordenadora, fiquei bem impressionada e, sobretudo, feliz por ter voltado à minha velha faculdade, onde me sinto segura e à-vontade. Confesso que a novidade e a mudança nunca me fizeram sentir confortável e a ideia de ser aluna outra vez me estava a deixar um pouco ansiosa. Quando ela me mostrou o programa do seminário principal (o da especialidade), achei-o muito estimulante e fiquei com vontade de iniciar as aulas. Infelizmente, essas só começarão no segundo semestre.

Portanto, a primeira impressão foi boa: gostei da coordenadora, gostei do plano de estudos e fiquei com vontade de começar a frequentar as aulas. O facto de não ter ainda uma ideia de tese, para ela, não seria um problema. Muitos alunos de doutoramento começam sem saberem o que vão fazer, disse-me.

Quanto à candidatura, podia fazê-la com confiança. Com média de 16 no curso e Muito Bom no Mestrado, seria garantida a minha entrada. Óptimo. Ufa! Que alívio! Parecia estar tudo a correr muito bem. A nuvem negra que se tinha formado sobre a minha cabeça quando fora à faculdade de Letras na ideia de me inscrever em Linguística dissipou-se. Lá, os nomes dos seminários eram assustadores e fiquei apavorada com a ideia de, quase de certeza, vir a ter sérias dificuldades para acompanhar o raciocínio dos alunos linguistas: a minha formação em literatura não me fazia sentir nada à vontade naquele meio, por mais que me interessasse enveredar pela área, por motivos profissionais. Os Estudos Portugueses não me assustam. Parecem-me bem, acessíveis para mim.
Vamos a isto!














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