quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Avaliação


A avaliação também não estava definitivamente pensada, percebemos nessa sessão. Mas a coordenadora tinha um plano quase maléfico para nós!

Depois de nos ter lido o programa das sessões dos dois módulos do primeiro semestre, do qual ressaltava a evidência de que os diferentes professores iriam falar, cada um, dos respectivos trabalhos de doutoramento, sem que houvesse um fio condutor, uma temática comum, atrevi-me a perguntar: «Mas como será feita a avaliação dos seminários, quando eles são compostos por módulos tão distintos?»
Ah, exactamente.... a avaliação é muito difícil. Pois.
Então a coordenadora tinha pensado nisto: faríamos, todos, um relatório de cada módulo, a entregar-lhe cada vez que começasse o módulo seguinte.
Claro que os alunos que sabiam que teriam de faltar se insurgiram contra um sistema de avaliação que obrigava à presença em todas as aulas. Então a coordenadora cedeu, estabelecendo um número mínimo de relatórios: 4 para cada seminário. Eu pedi: «Ninguém faz mais do que 4, está bem?!» Risos.
A coordenadora explicou: em texto corrido, sem ser tópicos, e com as vossas contribuições, não apenas com a transcrição dos assuntos abordados pelo professor. É bom que se habituem a escrever muito, com rigor e também com rapidez. Isto é muito importante.
Mas havia mais!
A 8 de Janeiro, teremos de entregar dois artigos de 15 páginas, um para cada seminário. Sobre quê, se os temas dos seminários são tão diversos? Um qualquer que vos interesse! E esses artigos serão apresentados e discutidos nas aulas de Janeiro, com vista à avaliação nos seminários. É que a frequência na parte curricular do curso dá direito a um diploma em Estudos Avançados. A avaliação fica assim, portanto, mais do que justificada.

Mas o melhor ainda está para vir: no final do segundo semestre, teremos de apresentar e defender publicamente o capítulo inicial da nossa tese, ou o respectivo plano, perante um júri de 4 elementos: 3 internos e 1 externo à faculdade. É a avaliação do chamado "Trabalho Final de Curso". Meu deus, o que me espera!!
Finalmente, 4 semestres depois de se iniciar a fase da tese, temos de apresentar um relatório do trabalho adiantado, sobre o qual será emitido um parecer escrito, com eventuais sugestões.

Com toda a negociação que se gerou a propósito da avaliação, acabámos por nos rir. E o riso misturou-se com uma certa incredulidade e algum desespero quando a coordenadora teve este deslize: «no fundo, a avaliação não serve para nada». Como???
E o tempo passou, até que chegou a hora de dispersar. Esperemos que a próxima sessão seja uma verdadeira aula, digna desse nome.







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