terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Alívio

Ontem decidi escrever um e-mail ao meu orientador a explicar que não fui capaz de redigir um agradecimento sobre o seu contributo para o meu trabalho. Depois de muito hesitar, acabei por decidir não incluir essa página na tese e pronto. Isso não significa que não lhe esteja agradecida, significa apenas que não consegui escrever nada que me parecesse adequado. Foi mais ou menos isso que lhe expliquei, perguntando-lhe se ficava triste comigo.
Para meu alívio, ele respondeu (duas horas depois) dizendo que aprovava a minha decisão, que era da opinião de que aos orientadores não se agradece, que lhe parecia que o próprio Eco dizia isso mesmo no seu Como se faz uma tese. Eu também achava isso, mas confesso que, agora que oriento alunas de mestrado, ver o meu nome nos agradecimentos dos seus relatórios me agrada bastante e não me passaria pela cabeça pedir-lhes que o eliminassem porque "aos orientadores não se agradece". Provavelmente é por isto ser novidade para mim. Quando crescer, vou aprender a pôr de parte o egotismo e a partilhar da opinião do meu querido orientador e do Umberto Eco!

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