sábado, 22 de outubro de 2011

RESCALDO

De volta à faculdade, encontrei o co-orientador, a quem puxei eu mesma as orelhas, porque com esse não tenho obrigação nenhuma de ser meiga. Ainda estava, afinal, à espera de resposta a uma mensagem que lhe enviei pelo Facebook (aos mails não respondia) em Agosto e que tenho a certeza de que ele viu. Primeiro ainda tentou dissuadir-me: «veja lá... já é a segunda vez que muda de orientador...» mas depois ouviu-me calado, porque admitiu que eu tinha razão: muito sucintamente, a orientação dele era igual a zero.

Tive de pedir ao director do departamento que assumisse, então, aquilo que tinha dito. Estava realmente disposto a orientar-me? Então que me orientasse, por favor. Os meus orientadores não tinham tempo para mim e se ele concordava que quem não está satisfeito deve poder escolher outro, então que fosse o meu outro. Que sim, que queria ler o meu projecto para ter a certeza, mas em princípio sim.


Havia, na minha vontade de mudar de orientador, uma certa razão. Mas não se faz o que eu fiz, pelo menos a ela, que sempre demonstrou boa vontade e profissionalismo, sem considerar a falta de tempo. Não se faz, a menos que se queira fomentar inimizades. Nesse aspecto, eu dei um tiro no pé, ou, como disse depois um amigo, enterrei os pés até ao pescoço.

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