Agora espero que seja de vez. Encontrei-me com o meu novo orientador para falarmos sobre o projecto. Não gosta dele, diz que não é um verdadeiro projecto, porque não existe nele uma tese propriamente dita.
Vai ser preciso ler mais e diferente, pensar mais a fundo, encontrar uma ideia verdadeiramente original, que sustente a proposta que quero apresentar. De outro modo, há apenas uma vontade, uma "fixação", mas a "tese" será apenas burocrática e... um suicídio, no que respeita à prova de defesa.
Para ter uma tese é preciso que haja "caco", uma boa ideia que seja defensável. Ele explicou isto melhor, claro, mas para registar aqui serve dizer apenas isto: o que fiz até agora é manifestamente insuficiente como ponto de partida.
Ora já valeu a pena a mudança de orientador, certo?
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
RESCALDO
De volta à faculdade, encontrei o co-orientador, a quem puxei eu mesma as orelhas, porque com esse não tenho obrigação nenhuma de ser meiga. Ainda estava, afinal, à espera de resposta a uma mensagem que lhe enviei pelo Facebook (aos mails não respondia) em Agosto e que tenho a certeza de que ele viu. Primeiro ainda tentou dissuadir-me: «veja lá... já é a segunda vez que muda de orientador...» mas depois ouviu-me calado, porque admitiu que eu tinha razão: muito sucintamente, a orientação dele era igual a zero.
Tive de pedir ao director do departamento que assumisse, então, aquilo que tinha dito. Estava realmente disposto a orientar-me? Então que me orientasse, por favor. Os meus orientadores não tinham tempo para mim e se ele concordava que quem não está satisfeito deve poder escolher outro, então que fosse o meu outro. Que sim, que queria ler o meu projecto para ter a certeza, mas em princípio sim.
Havia, na minha vontade de mudar de orientador, uma certa razão. Mas não se faz o que eu fiz, pelo menos a ela, que sempre demonstrou boa vontade e profissionalismo, sem considerar a falta de tempo. Não se faz, a menos que se queira fomentar inimizades. Nesse aspecto, eu dei um tiro no pé, ou, como disse depois um amigo, enterrei os pés até ao pescoço.
Tive de pedir ao director do departamento que assumisse, então, aquilo que tinha dito. Estava realmente disposto a orientar-me? Então que me orientasse, por favor. Os meus orientadores não tinham tempo para mim e se ele concordava que quem não está satisfeito deve poder escolher outro, então que fosse o meu outro. Que sim, que queria ler o meu projecto para ter a certeza, mas em princípio sim.
Havia, na minha vontade de mudar de orientador, uma certa razão. Mas não se faz o que eu fiz, pelo menos a ela, que sempre demonstrou boa vontade e profissionalismo, sem considerar a falta de tempo. Não se faz, a menos que se queira fomentar inimizades. Nesse aspecto, eu dei um tiro no pé, ou, como disse depois um amigo, enterrei os pés até ao pescoço.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
BOMBA
Foi como se tivesse levado uma bomba para a faculdade, para a fazer explodir na cara da minha orientadora.
Lamentei-me junto do director do departamento, que conheço há 20 anos e por quem tenho uma grande estima, de que ela não tem tido tempo para me orientar e de que o co-orientador me ignora, como se eu não existisse. Sem ser completamente a sério, perguntei-lhe a certa altura se me orientaria, porque estava descontente e desorientada. E ele disse que sim.
Eis que se me faz clique dentro da cabeça. E se... ?
Ele nem me dá tempo para raciocinar: «ela vai ali!»
Saí a correr, para a apanhar. Esperei que ela acabasse de conversar com alguém e finalmente pude abordá-la.
«Nem tenho tido tempo para lhe dizer nada, mas não preciso de lhe dar explicações, não é verdade?» - começou ela, deixando-me boquiaberta. Ai não?, pensei. Por acaso acho que até devia...
Então, não pude evitar, saiu-me: disse-lhe que, se via que não tinha tempo para me orientar, eu podia mudar. Que o director do departamento estava disposto a assumir a tarefa, se ela não a quisesse.
Ela respondeu que eu estivesse à vontade para tomar essa decisão, que ficava ao meu critério. «Mas quer orientar-me?» - Perguntei. E ela respondeu que sim.
Então pedi-lhe que marcássemos uma reunião e que ela lesse o que tenho andado a escrever.
Só daqui a um mês, foi a condição dela... antes disso, (como sempre), não tinha tempo.
Depois de nos separarmos ela ficou a matutar naquilo. Chegou à conclusão de que tinha sido uma conversa muito desagradável e telefonou-me ao fim da tarde, para me dizer que estava muito incomodada e que sentia que não tinha condições, a partir dali, para me orientar.
Basicamente, fui uma besta. E chorei.
Lamentei-me junto do director do departamento, que conheço há 20 anos e por quem tenho uma grande estima, de que ela não tem tido tempo para me orientar e de que o co-orientador me ignora, como se eu não existisse. Sem ser completamente a sério, perguntei-lhe a certa altura se me orientaria, porque estava descontente e desorientada. E ele disse que sim.
Eis que se me faz clique dentro da cabeça. E se... ?
Ele nem me dá tempo para raciocinar: «ela vai ali!»
Saí a correr, para a apanhar. Esperei que ela acabasse de conversar com alguém e finalmente pude abordá-la.
«Nem tenho tido tempo para lhe dizer nada, mas não preciso de lhe dar explicações, não é verdade?» - começou ela, deixando-me boquiaberta. Ai não?, pensei. Por acaso acho que até devia...
Então, não pude evitar, saiu-me: disse-lhe que, se via que não tinha tempo para me orientar, eu podia mudar. Que o director do departamento estava disposto a assumir a tarefa, se ela não a quisesse.
Ela respondeu que eu estivesse à vontade para tomar essa decisão, que ficava ao meu critério. «Mas quer orientar-me?» - Perguntei. E ela respondeu que sim.
Então pedi-lhe que marcássemos uma reunião e que ela lesse o que tenho andado a escrever.
Só daqui a um mês, foi a condição dela... antes disso, (como sempre), não tinha tempo.
Depois de nos separarmos ela ficou a matutar naquilo. Chegou à conclusão de que tinha sido uma conversa muito desagradável e telefonou-me ao fim da tarde, para me dizer que estava muito incomodada e que sentia que não tinha condições, a partir dali, para me orientar.
Basicamente, fui uma besta. E chorei.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
IMPORTANTE
Beber vinho ao almoço não é recomendável quando se pretende trabalhar para a tese durante a tarde.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Levitação
Gosto da sensação de total imersão na leitura e na escrita, que faz de mim um ser etéreo, sem corpo nem noção do tempo, como se de repente tivesse passado a existir numa outra dimensão, onde só há espírito e o espírito pode concentrar-se exclusivamente na ideia que lhe interessa perseguir.
Do físico só tem de haver um computador e dedos ligados ao espírito, claro, para que fiquem registadas as brilhantes conclusões a que nesse estado se chega!
Do físico só tem de haver um computador e dedos ligados ao espírito, claro, para que fiquem registadas as brilhantes conclusões a que nesse estado se chega!
:-S
Faz hoje duas semanas e a orientadora ainda não me deu qualquer resposta.
Comecei a escrever-lhe um e-mail em que perguntava qualquer coisa como «já teve oportunidade de ler o meu e-mail anterior?». Mas desisti. Para quê?
1. Ela vai ficar aflita e pedir desculpa, justificando-se com os seus inúmeros afazeres. 2. Eu já sabia que ela não iria ter muito tempo para mim (foi por isso que começou por declinar a proposta de me orientar!). 3. O que é que eu quero, ou preciso, neste momento, que justifique o envio de um terceiro e-mail? Não posso continuar o trabalho sem ter a resposta ao que lhe perguntei? Posso.
Tudo o que eu queria, já percebi, era apenas alguma atenção. E não é para isso que serve um orientador.
Comecei a escrever-lhe um e-mail em que perguntava qualquer coisa como «já teve oportunidade de ler o meu e-mail anterior?». Mas desisti. Para quê?
1. Ela vai ficar aflita e pedir desculpa, justificando-se com os seus inúmeros afazeres. 2. Eu já sabia que ela não iria ter muito tempo para mim (foi por isso que começou por declinar a proposta de me orientar!). 3. O que é que eu quero, ou preciso, neste momento, que justifique o envio de um terceiro e-mail? Não posso continuar o trabalho sem ter a resposta ao que lhe perguntei? Posso.
Tudo o que eu queria, já percebi, era apenas alguma atenção. E não é para isso que serve um orientador.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Bolas :(
É um nadinha frustrante chegar ao fim do dia, quando se tinha a intenção de dedicar pelo menos o período da tarde ao trabalho para o doutoramento, e verificar que, afinal, o tempo não deu para lhe dedicar nem um minuto.
C'est la vie...
C'est la vie...
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Devagar se vai... a algum lado.
Posso fazer muitos planos, ter grandes expectativas, e acabar por conseguir fazer muito pouco num dia que poderia (deveria!) ter rendido muito.
Mas se fiz alguma coisa dou-me por feliz. Se escrevi um parágrafo, mais ainda. E se ele me parece bem, tanto melhor!
Mas se fiz alguma coisa dou-me por feliz. Se escrevi um parágrafo, mais ainda. E se ele me parece bem, tanto melhor!
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Esperar sem desesperar
E-mail enviado.
À minha orientadora, só para lhe dar conta da situação em que estou. Eram apenas algumas linhas e não enviei nenhum anexo, mas ela respondeu uns dias depois a dizer que iria lê-las com atenção no fim-de-semana e depois me diria qualquer coisa.
Faz hoje uma semana.
Tranquila...
Há muito que fazer e não me perco sem bússola.
Acho.
À minha orientadora, só para lhe dar conta da situação em que estou. Eram apenas algumas linhas e não enviei nenhum anexo, mas ela respondeu uns dias depois a dizer que iria lê-las com atenção no fim-de-semana e depois me diria qualquer coisa.
Faz hoje uma semana.
Tranquila...
Há muito que fazer e não me perco sem bússola.
Acho.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Ler e transcrever
Leio e transcrevo, leio e transcrevo. Parágrafos, páginas quase inteiras. Isto há-de servir para alguma coisa, espero. Leio e vou transcrevendo. Acumulo e colecciono citações. Pouco mais posso fazer, por enquanto. Calma.
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