Será que se aplica, como Pennac defendia para a leitura de romances, o direito de saltar páginas e de ler apenas algumas frases soltas aqui e ali (as que conseguimos compreender), para não andar a bater com a cabeça nas paredes tentando ler tudo, de uma ponta à outra?
Os livros difíceis deveriam permitir truques que facilitassem a passagem obrigatória sobre eles. Sobretudo, que garantissem a preservação da sanidade mental de leitores de capacidades limitadas, como eu.
Um livro pode ser um fio condutor de uma ideia, mas, por vezes, os autores escrevem-nos para se deleitarem na confusão, tal como quem corre sem destino certo... Corre por correr. Nestas circunstâncias, o leitor pode deixar de ser um acompanhante para se limitar a "olhar", de quando em vez, os "movimentos" que mais o satisfazem, por serem esteticamente belos. Capte-os e use-os. Só esses...
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