Estou calma, mas apreensiva. É possível, sim.
Tenho a cabeça cheia de pensamentos, frases soltas, pedaços de argumentos, farrapos de justificações, nomes e títulos soltos, citações que poderão vir a propósito.
Estou a tomar duche como se tivesse levado um livro para a banheira, acordo com a sensação de que já estava acordada há muito tempo, porque o cérebro estava ocupado em raciocínios.
Cheguei à conclusão de que não era bem este o plano da tese que queria defender amanhã, mas agora tem de ser. Sei que sou capaz de argumentar como se fosse a coisa mais importante e lógica do mundo, mas já não acredito completamente nele e isso incomoda-me ligeiramente.
Está a atravessar o período próprio de quem se encontra perfeitamente seguro do que fez.
ResponderEliminarNão, leu bem! Está perfeitamente segura do que fez, porque mostra todos os sintomas da insegurança. Uma insegurança que se traduz, no extremo, em pensar que faria tudo diferente do que fez! Digo-lhe, com toda a certeza, pode estar tranquila, pois domina em absoluto o conteúdo do projecto e, mais ainda, está completamente senhora dos argumentos que são os mais válidos para justificar a sua escolha.
Garanto-lhe que a sua situação é típica e só ocorre, com os contornos que descreveu, àqueles que dominam o conhecimento. Os que pouco ou nada sabem têm uma sintomatologia bem diversa da sua: apresentam-se descontraídos, afirmam que o seu trabalho é inatacável, não vêem possibilidades de serem contestados, enfim, estão, como se diz na gíria académica, “na maior”.
Fico à espera de ver os seus comentários depois da defesa do projecto e como a sei honesta, intrinsecamente honesta, quanto aos seus sentimentos (como aliás se pode perceber lendo os blogues da sua autoria!) vou fartar-me de rir se colocar aqui qualquer coisa semelhante ao já uma vez posto: “ Não doeu nada!”
Boa sorte e muita calma…
:)
ResponderEliminarObrigada, Luís. Também eu espero voltar aqui amanhã escrever algo do género!
Faço minhas as palavras do nosso amigo comum Luís Fraga.
ResponderEliminarVai ver que tudo correrá pelo mellhor.