quarta-feira, 2 de março de 2011

Já está

Já me livrei desta, pelo menos! A arguente foi muito simpática, gostou do trabalho, levantou uma questão fácil de responder, o orientador acrescentou ideias interessantes para a tese e estava tudo a correr lindamente, até que a presidente do júri, coordenadora do curso e minha tutora por uns meses, me teceu algumas críticas (não ao trabalho em si, mas que devo ter em séria conta para a tese) e manifestou desagrado pela forma como me cingi a citar, a enunciar opiniões sem as questionar, sem as desconstruir... enfim. De repente senti-me a levar nas orelhas da pessoa de quem menos esperava tal ensaboadela, mas a verdade é que a discussão do trabalho visa, precisamente, dar conselhos ao doutorando no sentido de o alertar para aspectos importantes a ter em conta quando redigir a tese.
Engoli em seco e tentei defender-me, mas senti que não havia volta a dar.
Levei um 17 e saí feliz e aliviada. Acabou, posso respirar tranquilamente por mais uns meses. E melhorar, melhorar, melhorar.

2 comentários:

  1. Parabéns. Especialmente por saber aceitar e aproveitar as críticas. E é aí que reside a "categoria", digamos assim, das pessoas. Porque ninguém é perfeito.
    Ao contrário, os falhados nunca reconhecem as suas faltas e, para eles, há sempre alguém que serve de bode expiatório.

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  2. Parabéns. Dezassete valores, na escala europeia de classificações, está dentro da categoria excelente.
    As críticas fazem parte do processo formativo e classificativo. Poderá aproveitar as que achar convenientes e abandonar as restantes. A crítica é sempre subjectiva. Importante é aproveitar as opiniões do(s) seu(s) orientador(res) e trabalhar em grande sintonia com o que ele(s) achar(em). Muitas vezes, em provas públicas, os candidatos são verdadeiras bolas vermelhas na mesa de bilhar - apanham de todo o lado e, quase sempre, por razões que lhes são alheias e desconhecidas.
    Há duas vertentes que não podem ser olvidadas num doutoramento: a importância do tema e a demonstração que se faz da tese que se pretende defender e demonstrar. São pilares fundamentais, pois quanto mais original for o tema maiores hipóteses tem de o candidato de brilhar (e, aqui, trata-se de "originalidade" que passa por estar pouco explorado); quanto melhor for a argumentação que suporta a tese mais se demonstra maturidade de reflexão sobre o assunto da mesma. Para dar corpo a tudo isto tem de se fazer prova de investigação.
    Esta etapa do curso está concluída, agora vem a investigação e a arquitectura da argumentação que responde à problemática que está por trás da tese. Desejo-lhe bom trabalho e boa sorte.

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