quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Ler e transcrever... ou não

Quando a leitura é interrompida demasiadas vezes porque me ponho a transcrever parágrafos inteiros para as minhas fichas de citação, acho que estou a perder tempo. As fichas ficam óptimas, mas o tempo que levo a ler é três vezes superior ao que levaria se ficasse longe do computador. Pergunto-me se não seria melhor... acontece que, quando experimento, e mais tarde vou transcrever o que sublinhei, sinto que estou a perder ainda mais tempo, por voltar ao livro já lido quando podia ter outro entre mãos!... Se não transcrever nada, fico com a sensação de que nunca mais me vou lembrar do que li, nem vai ser possível reavivar a memória com a facilidade que as fichas permitem.
Decisions, decisions...

1 comentário:

  1. Na minha opinião, modesta mas servida por muitos anos de investigação, a leitura deve ser sempre feita tendo à mão o computador ou, para quem não tem portátil, um caderno que arquiva as fichas de leitura, dando a estas a dupla utilização de "guardador de sínteses" e de "guardador de transcrições".
    A leitura, em termos ensaísticos, é sempre lenta, porque exige meditação e profunda compreensão.
    Julgo que, acima de tudo, tem de saber quando deve parar as leituras para iniciar a redacção e isso só se consegue quando se definiu muito bem, previamente, o objectivo da investigação.
    Boa sorte e bom trabalho.

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